Dominika Swolkien foi quem mais contribuiu para a atualização científica do país em matéria da sua própria língua, e José Luís Tavares é um dos maiores defensores da valorização do crioulo berdianu. Ambos poderiam estar do mesmo lado, mas as autoridades falharam em aproveitar essa riqueza intelectual, emprateleirando as pessoas, gerando conflitos e permitindo que Cabo Verde passe por um país que, de tanto medo do racismo e supremacismo branco, nórdico, rejeita colaboradores novos por pura incapacidade de integrar forças internas e externas no fortalecimento da sua cultura e...
A questão não é se o crioulo deve ser oficializado…a resposta a isso é óbvia: SIM, DEVE! A questão é como o faremos. Se for à base da imposição de um modelo específico, estaremos apenas a reforçar o velho padrão do poder centralizado na Praia, que decide pelo resto. Talvez seja hora de abandonarmos a lógica do "vencedor leva tudo" e reconhecermos que Cabo Verde não é uma única voz, mas um coro de variações. Se o objetivo é unir, então que a escrita do crioulo reflita essa pluralidade, em vez de servir como mais um campo de batalha do bairrismo.
O Presidente da República apresenta hoje uma tradução da Constituição do país para língua materna, mais uma das iniciativas com que José Maria Neves tem apelado à valorização do idioma nos 50 anos de independência da nação.
...é urgente priorizar políticas que combinem investimento em infraestrutura digital, reformulação curricular com foco em competências globais e valorização do capital humano local. O risco, caso contrário, é que as novas gerações continuem a ver a educação não como uma ponte para o futuro, mas como um passaporte para partir. Cabo Verde tem a chance de provar que, mesmo num mundo de gigantes, um arquipélago pode ser farol, desde que suas escolas ensinam não apenas a ler o presente, mas a escrever o amanhã. A escolha é clara: ou as salas de aula se tornam espaços de...
Cabo Verde está a celebrar 50 anos de independência. Um dos grandes ganhos disso é uma lei que permite o ensino do berdianu, o crioulo de Cabo Verde, que chegou a ser várias vezes proibido1 no setor educativo do país, que conta com mais de 200 anos de funcionamento ininterrupto.
Somente se divisam, pois, duas soluções possíveis para o imbroglio, inútil e desnecessariamente criado pelos autores intelectuais do estranho produto acima-referido, devidamente patrocinados e acolitados pelo Ministério da Educação de Cabo Verde e sem qualquer consulta dos organismos competentes do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde bem como da opinião pública e das organizações relevantes da sociedade civil das ilhas e diásporas caboverdianas, designadamente da Associação da Língua Materna Cabo-Verdiana (ALMA.CV), da Academia Cabo-Verdiana de...
O PAICV, enquanto força política com responsabilidades claras neste processo de mudança, está legitimamente a se preparar e organizar para devolver Cabo Verde aos Caboverdianos. A Jornada está bem avançada e vamos sensivelmente, um mês do fecho e a conclusão que podemos tirar é que todos, aprendemos tanto com a democracia que até já a questionamos, pois ela chegou e evadiu a casa, quebrou as vidraças do tradicionalismo e conservadorismo camarada e está a inflar a semente de tudo o que está dentro da consciência e do peito do homem para eclodir esta nova geração que Cabo Verde...