UCS. Acordo de cooperação cambial foi a medida mais estruturante da economia
Economia

UCS. Acordo de cooperação cambial foi a medida mais estruturante da economia

O primeiro-ministro de Cabo Verde classificou hoje o acordo de cooperação cambial, assinado há 20 anos, como a medida mais estruturante da economia cabo-verdiana e que acabou por criar condições de maior confiança na economia e moeda do país.

Ulisses Correia e Silva falava aos jornalistas no final da cerimónia de encerramento da Conferência Internacional comemorativa dos 20 anos da Assinatura do Acordo de Cooperação Cambial, que decorreu hoje na cidade da Praia, ilha de Santiago, em Cabo Verde.

Subordinado ao tema “Perspetivas da Evolução do Regime Cambial em Cabo Verde”, o evento foi promovido pelo Banco de Cabo Verde, em parceria com o Ministério das Finanças.

Para o primeiro-ministro cabo-verdiano, o acordo teve “impactos muito evidentes ao nível dos operadores económicos”.

“Antes, todos faziam cálculos aos riscos cambiais. O facto de termos uma ligação ao euro, o risco cambial deixou de ser assumido pelos operadores, uma grande vantagem. Teve um grande impacto na estabilização dos preços”, adiantou.

Para Ulisses Correia e Silva, “a partir do momento em que houve esta ligação entre o escudo cabo-verdiano e o euro e das reformas estruturais desenvolvidas, a estabilização dos preços foi uma realidade” e até hoje Cabo Verde tem tido “uma inflação simples”.

“Todos esses ganhos são evidentes. E, depois, a disciplina fiscal, que está ligada a um conjunto de medidas relacionadas com a defesa da própria paridade que obriga a que o défice orçamental seja bem parametrizado, que a dívida pública seja bem gerida e todos esses ganhos são bem evidentes e traduzem-se depois na melhoria das condições da economia cabo-verdiana e nos resultados para a vida das pessoas”, sublinhou.

O Acordo de Cooperação Cambial entre a República Portuguesa e a República de Cabo Verde foi assinado, em 1998, na cidade da Praia, pelo ministro das Finanças de Portugal, António de Sousa Franco, e pelo ministro da Coordenação Económica de Cabo Verde, Gualberto do Rosário.

Segundo o acordo, “a moeda nacional cabo-verdiana passa a estar ligada à moeda nacional portuguesa por uma relação de paridade fixa”.

De acordo com uma nota do Banco de Cabo Verde, a resolução evoca “os laços históricos de amizade e cooperação entre Portugal e Cabo Verde, o balanço exemplar das relações luso-cabo-verdianas em diversos domínios assim como o desejo de aprofundar os laços económicos bilaterais como justificações para a assinatura do Acordo de Cooperação Cambial”.

A paridade cambial fixa do Escudo Cabo-Verdiano (CVE) ao Escudo Português (PTE) foi fixada inicialmente em 0,55 CVE = 1 PTE (1998).

Com Lusa

A partir de 01 de janeiro de 1999, com a entrada em vigor do Euro, a paridade foi fixada em 1 Euro = 110,265 CVE.

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