
O Estado cabo-verdiano abdicou em 2018 de mais de 50 milhões de euros de impostos com a atribuição de benefícios fiscais, anunciou esta terça-feira, 25 de fevereiro, o vice-primeiro-ministro, Olavo Correia.
Numa nota divulgada pelo governante, Olavo Correia afirma que têm sido tomadas “várias medidas”, em sede do Governo e da Assembleia Nacional, “tendentes à racionalização dos benefícios fiscais” concedidos a investidores privados.
“Colocamos agora na lei em como as contrapartidas para o Estado, projeto a projeto, devem ser tornadas públicas, assim como a avaliação do seu nível de cumprimento”, afirmou Olavo Correia, que é também ministro das Finanças de Cabo Verde.
De acordo com os números avançados hoje pelo governante, Cabo Verde “renunciou” em 2018 a 5.577 milhões de escudos (50,4 milhões de euros) em receitas por benefícios atribuídos a investidores privados, equivalente a 13,7% das receitas fiscais totais.
Acrescentou que em 2017, a renúncia a essas receitas ascendeu a 7.934 milhões de escudos (71,7 milhões de euros), equivalente a 22,1% das receitas fiscais do país, e em 2016 foram de 7.611 milhões de escudos (68,8 milhões de euros), equivalente a 23,6% do total de receitas do país.
“Estamos a trabalhar para reforçarmos o seguimento e a avaliação. Todos têm de pagar impostos para que cada um pague menos”, declarou Olavo Correia.
Com Lusa
Os comentários publicados são da inteira responsabilidade do utilizador que os escreve. Para garantir um espaço saudável e transparente, é necessário estar identificado.
O Santiago Magazine é de todos, mas cada um deve assumir a responsabilidade pelo que partilha. Dê a sua opinião, mas dê também a cara.
Inicie sessão ou registe-se para comentar.
Comentários