Jornalista José Mário Correia publica obra que homenageia primeiros internacionais cabo-verdianos do pós-independência
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Jornalista José Mário Correia publica obra que homenageia primeiros internacionais cabo-verdianos do pós-independência

O jornalista José Mário Correia, pseudónimo Santa Clara, lança esta quinta-feira, 09, na Biblioteca Nacional, na Cidade da Praia, o seu mais recente livro, uma homenagem aos primeiros internacionais cabo-verdianos do pós-independência, uma biografia comentada.

“Das Bolas de Trapo ao Primeiro Troféu – Os heróis de 1978” é o título da obra, de 350 páginas, ao longo dos quais o autor traça os perfis individuais de 18 futebolistas, os primeiros a envergar a camisola da selecção nacional de futebol, em 1978, no pós-independência nacional, a 05 de Julho de 1975, da célebre “Operação Bissau/78”, dois treinadores e um massagista.

São eles: Quim, Nhu Branco, Dany, Armandinho, Mané-Djodje, Betinho, Djudjú, Djoy-Di-Mama, Djô, Djedjê, Rubon-Chiqueiro, Flávio, Zé-Di-Nhana, Makuna, Dimas, Calú-Pitão, Cadino e Balon, sob comando técnico de José Antunes, Toka no meio futebolístico, José Resende, conhecido também como Djidjé, e Caetano Pires, massagista.

À Inforpress, José Mário Correia explicou que se trata de um percurso escrito que mostra como esses atletas despontaram no mundo do futebol, onde se iniciaram, com quem jogaram, a vida desportiva e social, “sem esquecer uma viagem pela sorte” que se revelou “madrasta para muitos deles”.

“Na verdade, a maioria acabaria por passar ao lado de uma carreira internacional, com Portugal como destino inicial e mais importante”, concretizou o autor, para quem o livro é uma colectânea de biografias “riquíssimas” em estórias semelhantes umas às outras, mas diferentes nos percursos individuais de cada atleta.

No fundo, continuou, uma homenagem a estes antigos internacionais, numa publicação que, ficando para a posteridade, os “eterniza no tempo”.

“Não há por ora nenhuma pesquisa do género publicada ou registo histórico sistematizado exclusivamente sobre eles, pelo que com este livro os cabo-verdianos e o mundo voltam a ganhar, mas agora ganham a sua história… a nossa rica história”, reiterou José Mário Correia.

O ponto comum entre essa geração dos anos 50 do século passado, segundo Santa Clara, é que todos eles abraçaram a causa do desporto, do futebol e de Cabo Verde, quiseram representar o seu País de forma desinteressada, pedindo muito pouco em troca.

A obra faz ainda uma incursão pelos caminhos que deram acesso aos grandes estádios africanos e europeus onde eles jogaram, com destaque para a Taça Amílcar Cabral, inaugurado pela maior parte deles, “participando activamente”, em 1979, também em Bissau.

Esta é a terceira obra do jornalista José Mário Correia, professor universitário, que já tinha publicado “Da Cabopress à Inforpress  SA – Duas décadas de jornalismo” (2011) e “Nas Rotas dos Tubarões Azuis / 40 Anos de História de Selecção Nacional” (2015).

Depois da Cidade da Praia, “Das Bolas de Trapo ao Primeiro Troféu – Os heróis de 1978” será lançado em São Vicente, no dia 16, no Centro de Estágio, e no dia 23, na ilha do Sal.

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