O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas anunciou hoje que, entre 20 e 25 de Dezembro, vai ser realizado em Santa Catarina, o “Maior terreiro de Batuku do mundo”, iniciando o processo de internacionalização e promoção do Batuku.
Abraão Vicente fez este anúncio na conferência de imprensa realizada na Praia para apresentação de projectos seleccionados no âmbito do Edital de Resgate de Música Tradicional Cabo-verdiana, avançando que o Governo atenta a possível classificação do Batuku como património da humanidade.
“Nós iremos organizar (…) aquilo que nós convencionamos chamar um pouco ambiciosamente o maior terreiro do Batuku do mundo em Santa Catarina entre 20 e 25 de Dezembro”, comunicou o ministro.
O objectivo do evento, segundo o governante, é levar todos os grupos de Batuku da ilha de Santiago e da ilha do Maio para “um dia de Batuku”, onde estarão presentes todos os géneros do Batuku desde o finaçon ao canto do Batuku, à cimboa do batuku, o papel da mulher no Batuku à dança do Batuku e os grandes autores masculinos também no Batuku.
“De certa forma começaremos com este grande evento um processo de internacionalização e promoção do Batuku como um dos géneros musicais também ligados à nossa ancestralidade sendo o batuku provavelmente o primeiro gênero musical a ser criado genuinamente pelos cabo-verdianos na Cidade Velha”, enfatizou Abraão Vicente.
A morna é património da humanidade, classificada por ser um género “profundamente enraizado”, mas o batuku tem uma “força brutal”, com mais de 100 grupos de Batuku registados no País, sublinhou.
Por isso, Abraão Vicente acredita que, concluindo o seu processo de classificação do Batuku como património imaterial nacional, o Ministério da Cultural e o Instituto do Património Cultural (IPC) deverão atentar-se para a sua possível classificação como património da humanidade.
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