Comparar o montante exigido pelos PROFESSORES, para a dignificação da classe, com o montante necessário para a construção de um novo hospital nacional na Praia é, no mínimo, infeliz e reveladora do desconhecimento do valor potencial dos PROFESSORES para a CONSTRUÇÃO de um País. Este é, simplesmente, incalculável, seja para a Saúde, seja para a Economia, seja para a Segurança, seja para a Civilidade, etc., etc.
"Estamos no arranque de um novo Ano Letivo e, como sempre, tudo parece igual. Não há novidades! Não sabemos bem onde nos encontramos e nem sabemos bem por onde vamos. Uma coisa é certa, ninguém está contente com a nossa Educação".
Em Cabo Verde, estranhamente, o Professorado é pouco valorizado! Fica-se com a sensação de que as autoridades têm-no considerado mais uma tarefa do que uma profissão, quando, na verdade, é a PROFISSÃO MAIOR, pois é preciso perceber que, se a educação vai mal, todo o resto falha! Neste ponto, vale a pena termos em conta o famoso relatório de um estudo sobre o estado da educação nos EUA, realizado em 1983, cuja conclusão originou o título de “A Nation At Risk” (Uma Nação em Risco), tendo como uma das passagens a seguinte: “As fundações educacionais da nossa sociedade...
Em Portugal, o novo ano está sendo marcado por uma forte luta dos Professores por melhores condições de trabalho e, sobretudo, por uma melhor Escola Pública. Esta é uma luta do Estado, pelo que estão de parabéns! Na verdade, com Professores em condições precárias de trabalho e com uma Administração Educacional, marcadamente, centralizada, é muito difícil falar numa Educação de Qualidade e, consequentemente, é pouco razoável falar no desenvolvimento, ou no progresso e bem-social.
...um sistema educativo como o nosso é demolidor das energias, das capacidades criativas e das iniciativas locais. Como são obrigados a serem meros executores, caem na rotina, não há criatividade, ficam cansados e, tudo isso, aliado às más condições de trabalho, baixa remuneração, sem qualquer incentivo e estímulo, a Educação é o que é neste país. O sistema está tão descomandado que não consegue parar para pensar e perceber o mal que anda a provocar a si próprio, com prejuízos incalculáveis para o país. Vamos seguir o exemplo das Nações Unidas e dar ouvido ao apelo de...
No adágio foguense «Kem ki ka ta obí ta odjá… »- Nha má ta fla sempre… E sempre continuamos sem ver e rever as coisas que vêem acontecendo neste país. Estamos cegos por quê e por quem ainda em pesquisa.
...a reconceptualização da Educação e de toda a sua administração se impõe, para que possamos ter, em Cabo Verde, uma Educação que, de facto, sirva o país, à semelhança daquilo que muitos países, como Singapura, Finlândia, ou a Coreia do Sul, conseguiram, num espaço temporal relativamente curto. A adoção e o desenvolvimento de práticas pedagógicas significativas e o foco na metacognição, ao invés da mera transmissão do conhecimento, que valoriza apenas a parte cognitiva e a sua reprodução, constituem desafios sérios para o sistema educativo cabo-verdiano.