A remodelação, portanto, vai além das aparências. Trata-se de um realinhamento de forças, uma resposta calculada à perceção pública de que o governo se tornara refém de figuras incapazes de corresponder às expectativas criadas. Ulisses Correia e Silva, ao apagar a fúria de Olavo Correia e ao reintegrar de forma gradual Eurico Monteiro, opera uma manobra de sobrevivência política: dissipa o desgaste de um governo em erosão e tenta renovar a sua base de apoio com novos equilíbrios internos.
A Procuradoria-geral da República decidiu encerrar a instrução e mandar arquivar o processo que investigava potenciais ilícitos criminais relacionados à gestão TACV durante a governação do PAICV. A investigação, esclarece o MP, não reuniu indícios suficientes que comprovassem a prática de crimes de participação ilícita em negócios e corrupção, razão pela qual também o antigo PCA da companhia, João Pereira Silva, ficou ilibado de qualquer crime.
O secretário-geral (SG) do MpD, Agostinho Lopes, disse hoje que a remodelação do Governo surge no “momento adequado” e espera que dê uma “nova dinâmica” à governação.
O vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, disse hoje que o Governo continuará a investir na Autoridade da Concorrência (AdC) para consolidar a sua estrutura e assegurar o seu funcionamento pleno.
O primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva acaba de anunciar mexidas no seu elenco governamental, com destaque para as entradas de Eurico Monteiro, Victor Coutinho, Jorge Figueiredo e Jose Luis Sá Nogueira. Caem as ministras Eunice Silva, Edna Oliveira e Filomena Gonçalves e as secretárias de Estado, Eurídice Monteiro e Adalgisa Vaz, além de Carlos Santos, que pediu demissão na semana passada.
O fórum económico de alto nível reúne hoje, em Lisboa, investidores e representantes do sector privado de Portugal e Cabo Verde, com o propósito de aprofundar as relações económicas bilaterais entre os dois países.
Na celebração dos 50 anos da nossa independência, a melhor dádiva que podemos oferecer ao povo cabo-verdiano é a mudança de governo. É amplamente reconhecido que a renovação da esperança e a busca por um desenvolvimento sustentável e inclusivo para todos os cidadãos não podem mais ser adiadas. A transformação que almejamos não será possível com um governo que ignora o clamor das ruas, onde ressoam as vozes de diversas classes profissionais, especialmente a indignação dos professores. É hora de exigir uma verdadeira reforma na governação! O país merece um governo que...