Finalmente chegou a notícia que todos estávamos à espera. Mesmo aqueles que alimentavam (e ainda alimentam) um suposto nacionalismo exacerbado, por razões meramente ideológicas, sabiam que a situação dos transportes aéreos em Cabo Verde não podia continuar como dantes.
É no mínimo estranho esta estratégia, quase que mórbida, dos contendores da arena política cabo-verdiana, em tentar surfar toda e qualquer onda do momento, que se julga poder trazer algum ganho político, por pequeno que seja, sem ter a mínima preocupação com os superiores interesses da Nação.
O movimento cívico Sokols 2017 está a organizar uma manifestação na ilha cabo-verdiana de São Vicente, no dia 16, para exigir reposição das ligações diretas da companhia aérea nacional (TACV) entre a ilha e o estrangeiro.
O Grupo de Apoio Orçamental (GAO) voltou a alertar hoje que a dívida pública de Cabo Verde - 126% do PIB - continua elevada e recomendou a implementação de reformas para colocar a dívida numa trajetória descendente e sustentável.
A medida visa "evitar evetuais situações abusivas" por parte da Binter CV, explicou esta sexta-feira, 21, o inspector para o sector da regulação económica da Agência de Aviação Civil (AAC), Silvino Fortes.
Com o Hub aéreo no Sal envolto em polémicas, sobretudo por causa da manifesta incapacidade da Binter em responder aos desasfios de distribuição dos passageiros para as restantes ilhas do arquipélago, particularmente Santiago e São Vicente, a TACV enfrenta ainda o problema de pagamento das pensões dos trabalhadores que aderiram ao processo de pré-reforma, para além de outras questões laborais. O governo, principal responsável disto tudo, remeteu-se ao silêncio, faz tempo. E quem vem pagando o pato são os cabo-verdianos, este povo andarilho, sempre a saltar o oceano.
A Cabo Verde Airlines ainda mantém “suspensas” as vendas de bilhetes do Brasil para Itália, até ao levantamento oficial da suspensão de voos para o mercado italiano, pela ENAC – autoridade de aviação italiana.