O secretário-geral do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição), Julião Varela, disse hoje que o Governo se recusa a prestar informação sobre os negócios celebrados pelo Estado com a empresa do deputado Miguel Monteiro.
Num exercício tétrico e trapalhão, o deputado Miguel Monteiro, que exerce cumulativamente as funções de deputado, membro da comissão política do MpD e secretário da mesa da Assembleia Nacional, gestor, empresário, cidadão e gerente da IT Solutions, Lda, entre outras, remete ao Santiago Magazine um "direito de resposta", com conteúdo ruidoso, onde acusa o PAICV de muitas coisas para, no fim, concluir que vai se queixar de Santiago Magazine.
Quantas vezes pensamos que tudo ia dar certo e que os cursos da situação não mudariam nem um pouco. Quantas vezes achávamos que nossos planos seriam "mar de rosas", até que descobrimos que na realidade a vida tem outros contornos e outras vicissitudes. As realidades circunstânciais vieram a ditar outras páginas, com escritas bem diferentes.
Exmos. Srs. Do Santiago Magazine, boa noite.
Esta declaração do governo (diabolização) é uma forma chantagista de impor o silêncio aos cabo-verdianos em relação a um setor que é estratégico no processo de desenvolvimento de um país insular como o nosso, empurrando para a marginalidade o interesse coletivo, o exercício da cidadania, o escrutínio social, numa clara afronta às leis, às instituições e à autoestima da nação.
Tarde ou cedo, por mais céticos que queiramos ser, o confronto com as questões mais profundas da vida, virá quer queiramos quer não. O somatório das complexidades e do caos, (as dúvidas, dores, perdas, crises pessoais, as neuroses da vida, e tantas outras vicissitudes sem respostas imediatas), nos impulsionam para uma busca sincera a uma existência absolutamente sublime. Atentando-nos para realidades mais autônomas da vida. Abrindo caminhos para questões mais realistas, supra-existenciais e intra-existenciais.