A Procuradoria Geral da República mandou arquivar o processo contra os empresários Gil Évora e Carlos Anjos, que tinham sido acusados pelo Ministério Público de “usurpação de autoridade cabo-verdiana”, por não ter havido provas de que teriam ido à Venezuela como emissários oficiosos do Governo, supostamente, para negociar a não extradição de Alex Saab para os EUA. Agora, ilibados do crime de que estavam suspeitos, avançam com processos judiciais contra o jornal El Nuevo Herald, de Miami, a TCV e a comentadora Rosário Luz.
O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição) solicitou hoje a intervenção do Ministério Público (MP) sobre o relatório de auditoria à empresa pública Infra-estruturas de Cabo Verde (ICV), que apresenta “vários indícios de irregularidades”.
O Ministério Público (MP) determinou abertura de instrução para investigar factos, por ora, indiciados de ilícitos criminais, nomeadamente, os Crimes de infidelidade, Peculato e Defraudação de Interesses Patrimoniais Públicos, supostamente praticados pela antiga administração da Emprofac – Empresa Nacional de Produtos Farmacêuticos - presidido por Gil Évora (foto).
A Inspecção-geral das Finanças (IGF) esclareceu, em nota de imprensa, que o relatório sobre a gestão da Emprofac, que aponta para “irregularidades”, foi submetido à instância judiciária para apuramento de eventuais responsabilidades, sejam elas civis, criminais e ou financeiras.
O Governo demitiu o Conselho de Administração da Emprofac e vai nomear já amanhã, 23, na Assembleia Geral da empresa, uma nova equipa gestora formada por João Spencer, Evelyse Semedo e Sara Pereira.
A Entidade Reguladora Independente da Saúde (ERIS) iniciou esta semana uma inspecção contra a Emprofac devido às inúmeras queixas que vem recebendo das várias farmácias do país que reclamam de várias rupturas de medicamentos em todo o arquipélago. Mesmo os hospitais estão sem reagentes e outros equipamentos de cuidados médicos comercializados pela Emprofac. O problema estará nos constantes desentendimentos entre as administradoras Melina Veiga e Ana Ribeiro.
O laboratório de análises clínicas do hospital regional João Morais, Santo Antão, está sem reagentes há dois meses, admitiu o director daquela unidade, Nilton Sousa, justificando que a questão “ultrapassa” a capacidade de aquisição do hospital.