A Autoridade Reguladora da Comunicação Social (ARC) condenou a Agência Cabo-Verdiana de Notícias – Inforpress a uma coima de cinquenta mil escudos, por interferência do anterior Administrador Único, José Vaz Furtado, no conteúdo informativo e por usurpação dos poderes do Diretor de Informação. Isso na sequência de uma queixa apresentada pelo jornalista da Inforpress e presidente da Associação Sindical dos Jornalistas de Cabo Verde (AJOC), Geremias Furtado.
Alguns dias depois do Procurador-geral da República, Luís José Landim, voltar a acender o fósforo na sua relação com a comunicação social, com um duro comunicado em resposta aos comentários da Presidente da Agência reguladora de Comunicação Social, Arminda Barros, a Procuradoria-geral da República apresenta o “Jornal do Ministério Público” para “trazer, de forma resumida, as principais atividades relevantes do Ministério Público no final de cada mês”.
O procurador-geral da República emitiu ontem, 31, um duro comunicado em resposta aos comentários da Presidente da Agência reguladora de Comunicação Social, Arminda Barros, que, após entregar ao Parlamento o relatório da imprensa em 2022, afirmou que o ano passado “foi um ano muito difícil para a Comunicação social, devido ao conflito que opôs os órgãos e jornalistas ao poder judicial, uma situação jamais vivida em Cabo Verde e que contribuiu para a queda de nove lugares no ranking da liberdade de imprensa dos repórteres sem fronteiras. Para além deste episódio,...
Volta e meia, assim do nada, reaparece o Procurador Geral da República a erguer a espada de Dâmocles sobre críticos do sistema e acima da cabeça da imprensa livre e independente, que pesquisa e denuncia os seus podres e maus odores. A bitola é tão rasa que chega a ser risível: por que eu, Hermínio Silves, e o jornalista Daniel Almeida, somos acusados de desobedecer o segredo de justiça no caso da estranha morte de Zezito Denti d’Oru e não se levantou igual processo quando eu mesmo revelei os sonantes nomes dos indiciados na máfia de terrenos da Praia, que também está sob sigilo...
A Autoridade Reguladora da Comunicação Social (ARC) considerou “procedente” a queixa do jornalista Geremias Furtado apresentada contra o ex-gestor da Inforpress por alegada intromissão em assuntos de redacção e ordenou também a abertura de um processo de contraordenação.
O jornalista Geremias Furtado voltou a ser integrado na Agência Cabo-verdiana de Notícias - Inforpress, após ter sido demitido, sem aviso prévio e nem justificativas, pelo ex-administrador na sequência de denúncias que o profissional vinha fazendo sobre a gestão de José Vaz Furtado.
O ex-presidente do Instituto do Património Cultural (IPC) Jair Fernandes é o novo gestor único da agência de notícias cabo-verdiana Inforpress, anunciou hoje o Governo, cinco dias após exoneração do cargo de José Vaz Furtado.