A Procuradoria Geral da República, através do Departamento Central de Acção Penal (DCAP), ordenou o “desentranhamento de todas as diligências desencadeadas pelo procurador Ary Varela”, no âmbito da investigação à morte de Zezito Deti d’Oru, em que estão arguidos inspectores-chefes da Polícia Judiciária por “homicídio agravado”, num processo que faz referência ao ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, então director adjunto da PJ e alegado líder dessa operação.
A AJOC denunciou hoje, Dia da Liberdade e da Democracia, que a liberdade de imprensa no País está a ser posta em causa e atacada pela justiça, visando limitar a classe e “lança um pedido internacional de socorro”.
Daqui a poucos dias vou ter de responder, perante o Ministério Público, por fuga de informação no processo que investiga a morte do cidadão Zezito Denti d’Oru, em que estão indiciados elementos da PJ, liderados, à época (2014), por Paulo Rocha, ex-espião, actual ministro da Administração Interna e ex-líder da operação da Judiciária que ceifou a tiros de metralhadora a vida de um ser humano. Ora, é este mesmo neurótico Ministério Público, que hoje me acusa num feroz ataque à imprensa, quem desencadeou a investigação a esse suposto extermínio de há sete anos sem dizer...
Sete anos depois, a Procuradoria da República da Praia acaba de constituir arguidos no processo de investigação à morte de Zezito denti d’Oru – tido como o assassino da mãe da inspectora da PJ, em 2014 – três inspectores-chefe da Polícia Judiciária, suspeitos de “homicídio agravado”.
Foram feitas buscas, esta quarta-feira, 12, nas residências do procurador da República, Ary Varela, e do inspector-chefe da Polícia Judiciária, João Emílio, relacionadas com as investigações da Procuradoria Geral da República sobre violação do segredo de justiça no processo da morte de Zezito denti d’Oru, cuja operação foi liderada por Paulo Rocha, então director adjunto da PJ e actual ministro da Administração Interna.
O Presidente da República, José Maria Neves, afirmou hoje que não passará pela imprensa o cometimento de qualquer crime quando tem acesso aos dados e os publica.
O Presidente da República, José Maria Neves, afirmou hoje, na cidade da Praia, que todo membro do Governo deve estar acima de qualquer suspeita.