A CEDEAO responsabiliza o Exército guineense pelo cerco ao edifício onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente e do primeiro-ministro. Ouviram-se tiros de bazuca e de metralhadora. Fonte do Expresso, de Portugal, afirma haver rumores de que terão sido os homens do Presidente a dar início à situação, sitiando os membros do Governo, enquanto estes se reuniam com o Presidente Sissoco Embaló. O tiro terá saído pela culatra e o Presidente terá sido morto, diz o Expresso. A BBC avança que um polícia morreu.
Agora é o jornalista Daniel Almeida mais o jornal A Nação, onde trabalha, a serem vítimas da ira do Ministério Público, que, teimosamente, continua a não perceber que o que pretenderá esconder (o processo contra a PJ por suposto “homicídio agravado” e que menciona o actual ministro Paulo Rocha) é de interesse público. Logo, tem de ser noticiado.
A onda de solidariedade que o jornal Santiago Magazine e eu mesmo vêm recebendo, quer por posts e mensagens nas redes sociais, quer por telefonemas, por causa do esdrúxulo processo desencadeado pelo Ministério Público para saber quem foi ou foram os informadores do “caso Paulo Rocha”, mostra que existe uma sociedade civil atenta e presente quando se atropelam direitos consagrados na Constituição da República. Obrigado. Mas inquieta perceber que o tema-chave, que originou essa vil perseguição à imprensa cabo-verdiana por parte do sistema judiciário-judicial tende a quedar-se...
A Associação Sindical dos Jornalistas de Cabo Verde (AJOC) enviou uma carta aos organismos internacionais da liberdade de imprensa denunciando aquilo que considera um “ataque grave” à liberdade de imprensa em Cabo Verde.
Notário: Victor Manuel Furtado da Veiga
No final da audiência de ontem foi bom ter ouvido o Minho, como é conhecido em alguns círculos da sua amizade, afirmar que não se calará. Uma declaração que encerra uma dose de benévola “fanfarronice”, mas no fundo é possível que se se trate apenas disso. E se não fosse um atentado contra a minha natureza intrínseca, até era capaz de dar ao Hermínio Silves um conselho que nunca esperei dirigir a um jornalista: “fica calado, sim, não te exponhas porque ninguém virá em tua ajuda”. Mas isto é apenas uma hipótese.
Samilo Moreira comunicou esta semana a sua renúncia ao cargo de secretário-geral adjunto do PAICV, sem, no entanto, desvincular-se do partido.