O Terminal Logístico da LOGISLINK em Ponta Delgada, empresa de logística integrada do GRUPO SOUSA, acaba de ser eleito o Melhor Projeto de Investimento dos Açores 2022, no evento 100 Maiores Empresas dos Açores, que decorreu, esta sexta-feira, 16 de dezembro, no Teatro Micaelense, em Ponta Delgada. É o mesmo tipo de investimento que pretendem trazer para Cabo Verde.
O galardão foi recebido por Joaquim Pocinho, Administrador e CLO do Grupo Sousa.
Este momento representa também o culminar de um amplo conjunto de investimentos realizados pelo Grupo Sousa no ano de 2022, que ascendeu a 65 milhões de euros, dos quais se destacam a aquisição do navio “FERDINANDA S” para as linhas West Africa Trade (28 milhões de euros), a aquisição do terminal Logístico da LOGIC em Portugal Continental (13 milhões de euros) com uma área total de 14.100m 2 , e a construção do terminal logístico da LOGISLINK em Ponta Delgada, Açores (11,5 milhões de euros).
Localizado no Azores Park, o Terminal Logístico da LOGISLINK em Ponta Delgada tem uma área total de 30.000m 2 , dispondo de uma área coberta de 8.500m 2 , dos quais 1.650m 2 de área de frio, com capacidade para armazenar 6.000 paletes.
Inaugurada no passado dia 3 de outubro, e já em operação, esta é a primeira infraestrutura logística multicliente da Região Autónoma dos Açores, a qual permite oferecer um amplo conjunto de serviços logísticos ao tecido empresarial da Região, acrescentando um contributo para o desenvolvimento da economia açoriana.
Recorde-se que no passado mês de Novembro o Grupo Sousa trouxe para Cabo Verde um novo navio porta-contentores, representando um investimento de 28 milhões de euros para servir exclusivamente Cabo Verde, duplicando a capacidade actual.
“É um investimento considerável, permite-nos aumentar a nossa oferta para São Vicente, onde haverá um maior número de escalas no Porto Grande, e isso ajudará certamente os importadores locais a terem uma maior flexibilidade no abastecimento dos seus ‘stocks’. Contribuirá para uma economia mais fluída e, portanto, haverá uma maior previsibilidade”, afirmou hoje, no porto da Praia, o administrador do grupo português, Guilherme Gomes.
Trata-se do navio “Ferdinanda S”, de 172 metros de comprimento e capacidade para transportar mais de 1.200 contentores com 14 toneladas, que se junta ao “Raquel S”, navio gémeo que já operava a rota entre Portugal e Cabo Verde desde 2018.
“O Grupo Sousa iniciou a sua estratégia de internacionalização exactamente em Cabo Verde. Somos um grupo nascido na ilha da Madeira, portanto sabemos as necessidades arquipelágicas e estamos disponíveis, na medida do possível e daquilo que são as nossas actividades ‘core’, para contribuir e cooperar com as entidades cabo-verdianas e ajudar a dinamizar a economia de Cabo Verde”, afirmou ainda.
Segundo o Grupo Sousa, a aquisição deste navio reforça e complementa o serviço já existente, fazendo a ligação regular, para carga, entre os portos de Leixões, Lisboa, Praia, São Vicente e Bissau, antes de regressar a Portugal. Após esta escala inaugural na Praia, o navio atraca também pela primeira vez no Porto Grande, São Vicente, na sexta-feira.
“Também está totalmente dedicado ao mercado cabo-verdiano”, acrescentou Guilherme Gomes, após receber a bordo do “Ferdinanda S” o ministro do Mar, Abraão Vicente.
“É um grande momento para mostrar a confiança que o Grupo Sousa tem em Cabo Verde e a gestão portuária que Cabo Verde oferece a operações como esta. Eu creio que são investimentos como este, de 28 milhões de euros, que consolidam Cabo Verde como um ‘hub’ da economia marítima. Sem instrumentos, sem barcos, sem dinâmica e fluxo comercial não podemos falar de um ‘hub’ da economia azul”, afirmou o ministro, em declarações aos jornalistas.
“Creio que é com parceiros como este que Cabo Verde deve contar para o futuro, no sentido também de ligar de uma forma mais eficiente a nossa diáspora, que envia mercadorias, mas também os nossos comerciantes. Terá um impacto brutal nas empresas cabo-verdianos na relação com o exterior, portanto, é mais uma boa notícia não só para a comunidade cabo-verdiana, mas para o tecido empresarial cabo-verdiano”, disse ainda Abraão Vicente.
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