O escritor Paulo Varela anunciou esta segunda-feira, 26, o lançamento, para o final de Junho, do seu novo livro intitulado “Para Nunca Mais Ser Escravo – Textos, Poemas e Reflexões”, que assinala sete anos do projecto iniciado em 2018.
Em entrevista à Inforpress, Paulo Varela afirmou que o projecto “Para Nunca Mais Ser Escravo” nasceu com o propósito de promover uma reflexão profunda sobre a liberdade individual e colectiva, após as conquistas da independência e da democracia em Cabo Verde.
“Sonhamos com a continuidade do aperfeiçoamento da liberdade, agora com foco na libertação interior do próprio indivíduo”, afirmou.
O projecto, que actua em diversas esferas, desde a infância até à política, passando pela cultura, espiritualidade e meio ambiente, desafia cada cidadão a assumir uma responsabilidade activa na construção da sua própria liberdade.
“O que é que tu estás a fazer para assumir a tua liberdade e não deixar nas mãos dos dirigentes, da sociedade civil, trabalhar por ti”, questionou o autor.
Entre os desafios enfrentados ao longo dos sete anos de execução, Paulo Varela destaca que a velocidade do projecto está condicionada ao ritmo da sociedade.
“Não podemos ir mais rápido do que a própria sociedade. Temos de acompanhar as suas dinâmicas e intervir conforme as necessidades emergem”, referiu.
Um dos focos actuais do projecto tem sido a responsabilização parental, em parceria com instituições como as Aldeias SOS.
Sobre o novo livro, Varela adiantou que será uma obra híbrida, reunindo textos de opinião, reflexões e poemas ilustrados, muitos deles originalmente publicados na sua coluna semanal no jornal Santiago Magazine.
A publicação pretende ser mais atrativa ao leitor moderno.
“Queremos criar um ritmo agradável de leitura, intercalando poesia, imagem e prosa, para que o leitor se sinta envolvido do início ao fim”, explicou.
A obra terá cerca de 150 páginas e deverá ser lançada em Junho, após um pequeno atraso logístico.
“Será um livro breve, mas com um conteúdo profundo, fiel à missão do projecto, provocar pensamento, inspirar mudança e celebrar a liberdade”, concluiu o escritor.
Comentários
Luso, 27 de Mai de 2025
Mas como, se a falta da liberdade está bem consolidada no sistema, em, praticamente, todas as instituições do país? Com isto, as instituições do país estão sim a fabricar e a produzir doentes com a complacência das autoridades, na esperança de que só chegue a família dos outros! Mas já chegou e há muitos e muitos casos!
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