Jornadas Técnicas de Engenharia alertam para impacto da falta de mão-de-obra qualificada no país
Economia

Jornadas Técnicas de Engenharia alertam para impacto da falta de mão-de-obra qualificada no país

A escassez de mão-de-obra qualificada tem sido uma das principais causas do atraso de obras em Cabo Verde, segundo a Ordem dos Engenheiros, que também alertou para o exercício ilegal da profissão.

Durante as Jornadas Técnicas de Engenharia realizadas este sábado na ilha do Maio, o director da região sul da Ordem dos Engenheiros de Cabo Verde (OECV), Manuel Fernandes, considerou que, embora a falta-de-mão de obra seja a principal causa de atrasos nas empreitadas, é necessário avaliar todo o processo de execução das obras, que envolve também a qualidade da gestão.

“Temos de analisar se a falha está, de facto, na mão-de-obra ou na gestão da própria obra. Mas sem dúvida que a falta de mão-de-obra tem um peso determinante”, afirmou à imprensa. 

O dirigente levantou ainda preocupações sobre a actuação de engenheiros não inscritos na Ordem, prática que, conforme salientou, ocorre inclusive em instituições públicas e autarquias.

“Não pode haver exercício legal da engenharia sem inscrição na Ordem, nem em obras complexas nem simples”, reforçou, acrescentando que a OECV já tem feito deslocações a várias câmaras municipais para chamar a atenção para esse incumprimento.

Durante a iniciativa, os engenheiros debateram temas centrais para o desenvolvimento do sector, como a aprovação de projectos, o licenciamento de obras pelas câmaras municipais, a fiscalização de empreitadas, bem como questões ligadas à água e ao saneamento.

A iniciativa incluiu ainda uma visita institucional à Câmara Municipal do Maio visando estreitar relações e promover parcerias para uma engenharia mais eficaz e regulada.

As Jornadas Técnicas de Engenharia visam aproximar a Ordem das comunidades locais e reforçar o diálogo institucional com as entidades, criando sinergias para a valorização do exercício da engenharia em Cabo Verde.

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Comentários

  • Semedo, 13 de Jul de 2025

    Estava certo. Há escassez de mão de obra .
    Mas não justifica sempre, sempre, a falta de palavra de alguns técnicos.

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