Falta ouvir Amílcar Cabral, sim, (calma, não é sermão, e eu também não sou cabralista com carteira assinada), mas ouvir aquele Amílcar que dizia que "ninguém liberta ninguém"… a não ser que seja com um bom beat de fundo. Falta saber quem foi Carlos Veiga, Renato Cardoso, Pedro Pires, Jaime Figueiredo, José Estrela, Simão de Barros, José Leitão da Graça… não para votar neles no TikTok, mas para saber que já houve gente que pensou o país antes de haver Wi-Fi. Falta ler a Mana Guta, o Manuel Veiga, o Herménio Vieira, o Osvaldo Alcântara, e aqueles posts heroicos e...
De tudo o que vem dito pode-se, pois, concluir que tem sido de grande importância e insofismável relevância a domesticação pelos escritores caboverdianos das muitas formas literárias do português, quer nas suas feições do chamado português literário caboverdiano utilizado pela generalidade dos ficcionistas islenhos; quer no seu coloquial desassombro crítico e satírico, nas suas iconoclastas mitografias e desconstruções dos ícones da herdada mitologia greco-latina, com Arménio Vieira, ainda que com (quase) integral e irrestrita manutenção e cabal utilização do padrão...
A Editora Casa e Verbo, em parceria com a SEDEC de Calheta, leva "Língua de Berço" à cidade berço da Autora Mana Guta, esta sexta-feira, 21. A apresentação terá lugar pelas 15 horas, no salão paroquial de Calheta, e estará a cargdo professor Adilson Tavares.
Por ser uma narrativa ficcional, o romance de Mário Lúcio Sousa comporta na parte referente ao antigo escravo cubano Esteban Montejo uma série de especificidades que superam o mero testemunho pessoal sobre a sua história individual de vida e as suas memórias a propósito de uma sequência de épocas da história de Cuba para abalançar-se à construção do protagonista como um menino-prodígio que, com apenas sete meses de idade, aprende a falar como se fosse um gramático e, por isso, é contactado, ainda criança, pelo Rei de Portugal, também um infante, o qual fora previamente...
Atingida a idade pós-colonial, muitos literatos caboverdianos continuaram a disseminar a sua escrita por várias áreas culturais, chegando tais desígnios e desideratos até às gerações literárias reveladas nos anos setenta, oitenta e noventa do século XX e na primeira e segunda décadas do século XXI, destacando-se de entre os seus integrantes os nomes de Onésimo Silveira (politólogo, autarca e ensaísta, neste caso exclusivamente por causa do livro A Democracia em Cabo Verde e outros textos avulsamente publicados), David Hopffer Almada (jurisconsulto, poeta, ficcionista,...
“Materialidade e imaterialidade na construção do valor patrimonial dos centros históricos em Cabo Verde: Os casos de São Filipe – Fogo e Ribeira Grande – Santiago” é o livro de Claudino Borges que será lançado hoje, na Praia, às 17h00 na Universidade Jean Piaget.