O problema com os professores cabo-verdianos é que nós estamos sobrecarregados e mal pagos! Ambas as razões fazem com que muitos Professores andam a pensar constantemente na mudança de profissão, ou na emigração. Esta realidade desencoraja muitos jovens de sonhar em se tornar Professor ou Professora. A menos que o País e os decisores políticos encontrem maneiras de melhorar as condições de trabalho dos Professores, em breve. Portugal já recruta reformados! Será esse o nosso caminho?
Os impactos da emigração em massa na economia cabo-verdiana, já são evidentes, inclusive em dois setores vitais para a sobrevivência das famílias na ilha de Santiago, como sejam a agricultura e a pesca, reconhece o presidente da AJEC: “Não há pessoas para trabalhar porque estão no exterior”. Ou seja, as políticas económicas de Ulisses/Olavo são um absoluto desastre: não criam emprego, não fazem crescer o consumo, nem obstam ao crescimento da pobreza. A solução destes génios é a emigração compulsiva em massa e o exílio económico dos jovens cabo-verdianos.
Incapaz de atacar os problemas de fundo, impotente em dar novo impulso a uma economia estagnada, que só apresenta crescimento para os bolsos de muito poucos e é incapaz de fazer crescer o consumo, o governo recorre à estratégia da emigração forçada (por necessidade imperativa de sobrevivência), transformando os jovens cabo-verdianos numa espécie de exilados económicos…
A 1° edição do “Tomázia Festival” terá lugar no próximo dia 12 de Maio, “Dia das Mães”, nos Países Baixos, bem como vários outros países de acolhimento da nossa emigração.
A desesperança está a levar a uma saída massiva de jovens, uma situação estimulada pelas autoridades nacionais e com o apoio externo, mas que se afigura extremamente preocupante para o futuro de Cabo Verde, conformando-se na falta de mão de obra, como já se começa a sentir, e na diminuição drástica da população. É claro que, no imediato, aparenta um quadro falso, favorecendo a estatística, quanto à taxa de desemprego e da pobreza, pois estas se diminuem, não pelas boas ações do Governo, mas sim pela emigração.
A dor do desemprego não se reduz ao facto de o desempregado ficar privado de uma fonte de rendimento, mas também ao facto de se ver privado da oportunidade de contribuir para o bem comum. O desemprego, no seu sentido básico, significa não ter nada para fazer. Isto significa, por sua vez, numa perspetiva mais social e global, que o jovem desempregado não tem nada que ver com os demais, pois não está a participar do bem comum. Estar sem trabalho, o que equivale não ter qualquer utilidade para com os nossos concidadãos, significa, com efeito, ser uma pessoa invisível.
Em resumo, a inflação pode ter um impacto significativo na emigração cabo-verdiana. Embora a emigração possa oferecer uma solução temporária para os problemas económicos enfrentados pelos cabo-verdianos, ela pode ter consequências negativas a longo prazo para a economia do país. É importante que o governo de Cabo Verde continue a implementar políticas eficazes para controlar a inflação e estabilizar a economia para garantir um ambiente económico saudável e sustentável para os cabo-verdianos e para quem procura o país com destino.