O corno de África está confrontado com uma das piores secas de que há memória. A situação está a atirar para uma situação de fome 20 milhões de pessoas. Esta é uma 'guerra' que não aparece nos noticiários do Ocidente, mas que anda a matar mais que a da Rússia vs Ucrânia.
Os deputados do PAICV pelo círculo de Santiago Sul responsabilizaram hoje o Governo “pelo aumento significativo da insegurança e criminalidade”, sobretudo na capital, por falta de medidas paliativas e reactivas, consideradas fundamentais para dar cobro à delinquência.
O presidente da Câmara Municipal da Praia, Francisco Carvalho destacou esta sexta-feira, 29, uma lista de desafios que ainda persistem no município, nomeadamente o acesso à habitação e a insegurança urbana que, a seu ver, são questões “críticas”.
Apenas São Vicente, Sal, Boa Vista e Mosteiros (Fogo) não estão na lista dos concelhos que o Executivo acaba de colocar em situação de calamidade, devido a quatro anos seguidos de seca e relacionada com a gestão de risco e segurança alimentar.
O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, reconheceu hoje situações de dificuldades e problemas de insegurança alimentar, mas descartou a existência de fome no país, tal como aconteceu na década de 40 do século passado.
Herdou em meados de 2016, o actual Governo, suportado pelo MPD, uma economia estagnante, em trajectória decrescente, desde 2008, para atingir a taxa de 1.5% em 2015, um endividamento público elevadíssimo (131% do PIB), altas taxas de desemprego (15%), sobretudo do desemprego jovem (40%) e de insegurança pública, deixando 160.000 cabo-verdianos no limiar ou baixo do limiar da pobreza, um conjunto de empresas públicas deficitárias, cuja privatização foi colocada em stand-by desde 2001, mas que vinham sugando imensos recursos públicos, um sector privado moribundo e sem capacidade de...