Na verdade, a neutralização política dos partidos políticos adversários e /ou opositores do PAIGC significou a instauração de facto de um regime de autoritarismo revolucionário de partido único socializante, ainda antes de encetado o período de transição para a independência política de Cabo Verde. Muitos dos novos encarcerados no Tarrafal, é certo que em “regime livre de recreio”, seriam libertados pouco depois em razão da inexistência de provas consistentes para sustentar as suspeitas e as acusações contra os mesmos. Outros seriam libertados ainda antes da...
Como se depreende dos documentos do PAIGC (sobretudo dos emanados do seu III Congresso, de 1977) e dos pareceres de Manuel Duarte e Renato Cardoso sobre esta matéria (publicados postumamente, como já referido, em Cabo-Verdianidade e Africanidade, e Outros Textos, de Manuel Duarte), o modelo da unidade orgânica, o qual, tal como se previa na primeira Constituição de Cabo Verde (de Setembro de 1980), deveria ser aprovado formalmente em consulta popular, permaneceu incerto, acabando por se transformar num tabu, antes de se desmoronar completamente com o golpe de estado de 14 de Novembro de...
No que se refere ao impacto da participação caboverdiana na luta político-armada conduzida pelo PAIGC no chão da Guiné dita portuguesa foram imensos os seus significados simbólico e político. Pela primeira vez na época do moderno nacionalismo africano e, de alguma forma reavivando a memória das inúmeras revoltas e de outros actos colectivos de resistência armada de escravos, de negros fujões, de negros forros, de camponeses e de flagelados pelas fomes das ilhas, podiam os caboverdianos rever-se em actos heróicos e de rebeldia colectiva em que a sua participação,...
O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, considerou este sábado, que os cabo-verdianos têm razões para estarem confiantes num futuro melhor, apesar de estarem a celebrar o Natal num ano marcado ainda por crises.
Em minha mais recente viagem de regresso ao país, vi de perto a injúria que muitos enfrentam nos aeroportos, a lutar para conseguir favores com o excesso de bagagens, ou pagando balúrdios para embarcar com mais um saco de mão ou no porão, tudo para que não percam a oportunidade de trazer aq preciosa encomenda que se destina a algum familiar ou amigo, ou, em certos caso, para garantir algum diinheiro extra, para o tão demandado pão de cada dia. Chega-se a pagar mais da metade do valor de uma passagem de avião nesta brincadeira, sem contar com a cara de pau de alguns nas alfândegas...
Afirmação da ativista cultural, Ana Maria Fonseca Delgado, ou simplesmente Any Delgado, uma cabo-verdiana que vive na diáspora desde os 18 meses, primeiro em Portugal, até aos 45 anos, e nos últimos 6 anos na Holanda. Natural de São Vicente, onde nasceu em 1971, Any Delgado afirma que para o atual governo a diáspora é apenas “números e cifrões”.
Uma descendente de pais cabo-verdianos residentes nos Estados Unidos da América (EUA) tem sido alvo de destaque em diversos sectores devido ao trabalho que tem desenvolvido na área da saúde.