Cabo Verde votou esta quinta-feira, 21, a favor de uma resolução das Nações Unidas que condena o reconhecimento por Washington de Jerusalém como a capital de Israel, contribuindo para isolar os EUA na Assembleia Geral da ONU desta tarde.
Ninguém sai. Entram dois ministros e seis secretários de Estado: Alexandre Monteiro, Júlio Herbert (ministros), Carlos Monteiro, Edna Olivera, Gilberto Barros, Amadeu Cruz, Paulo Veiga e Pedro Lopes (secretários de Estado).
Este reajuste governamental vai causar um impacto financeiro de 32 mil contos. Destaque para a criação da figura do vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, o que acontece pela segunda vez na história do país (antes, nos finais de 90, Gualberto do Rosário assumira tais funções, acabando depois por se tornar primeiro-ministro com a polémica saída de Carlos Veiga).
Antes de tudo, uma mea culpa. Ulisses Correia e Silva tardiamente – porque sempre foi chamado a capítulo sobre esta questão – “assume”, na prática, que falhou num Executivo demasiado enxuto (12 ministros e nenhum secretário de Estado) e decide então engrossar a estrutura do seu Governo, a ver se a máquina entra na potência que o seu programa exige para até final do mandato. E de uma assentada entram oito, o que salta logo à vista tendo em conta a ideia inicial (referida quase como imutável) de um Governo curto e eficaz.
Um estudo encomendado pela Provedoria de Justiça de Cabo Verde conclui que a Empresa de Mobilidade e Estacionamento da Praia (EMEP) tem actuado em várias ilegalidades, com a cumplicidade da Câmara Municipal da Praia (CMP). Bloquear viaturas com coimas em atraso; colocar guardas municipais a fiscalizar viaturas, sem poder de autoridade para o efeito; inexistência de um processo contraordenacional, aparecem entre as ilegalidades mais graves praticadas por esta empresa que conta com 50% do capital municipal.
O ministro das Finanças, Olavo Correia, assinou hoje com a representante da União Europeia (UE) na Praia um acordo no valor de aproximadamente sete milhões de euros que, segundo ele, é um “acto de confiança” nas autoridades nacionais.
Isaías Barreto, que se disponibilizou para presidir à Comissão da CEDEAO, acredita que se Cabo Verde tivesse tomado as “decisões relevantes mais cedo” e tivesse se preparado com mais tempo de antecedência “teria enfrentado melhor esse desafio”.