Três movimentos cívicos sediados em São Vicente posicionaram-se hoje perante acontecimentos recentes em que jornalistas foram convertidos em arguidos, solidarizando-se com a classe, ao mesmo tempo que alertam para perigos que tal representa para a democracia.
O advogado e deputado Amadeu Oliveira começou a ser ouvido depois das 15 horas no Tribunal da Relação de Barlavento, em São Vicente, onde foi entregue hoje a tarde pela Polícia Nacional.
Elementos do movimento cívico Sokols 2017 manifestaram-se hoje junto ao Tribunal da Relação do Barlavento, em São Vicente, contra a detenção do deputado e advogado Amadeu Oliveira, crítico do sistema de justiça do arquipélago.
Os movimentos cívicos do Mindelo entendem que sem a transparência não haverá a participação efetiva dos cidadãos no processo de desenvolvimento e no combate à corrupção, insurigndo-se contra a atitude do parlamento por ter negado a aprovação do projeto de lei da transparência que esteve sobre a mesa na última sessão parlamentar e primeira realizada com a abertura no ano parlamentar, no início deste mês.
A Sokols 2017 é e vai ser sempre uma espécie de “watch dogs” da acção governativa, assegura Salvador Mascarenhas, porta-voz da associação, que, em entrevista ao Santiago Magazine, enaltece a participação dos sanvicentinos na manifestação de 5 de Julho último ao mesmo tempo que acusa, mais uma vez, o actual e os anteriores governos de um excessivo centralismo, que, aos poucos, está a “matar” S. Vicente e demais ilhas do país.
Milhares de pessoas voltaram a responder positivamente ao apelo do Sokols 2017 para uma manifestação “em massa” da população de São Vicente neste 05 de Julho, adesão que deixou o líder deste movimento cívico “completamente satisfeito”.
O presidente do movimento cívico Sokols 2017 afirmou esta quarta-feira, 3 de julho, que a ilha de São Vicente perdeu metade da sua economia nos últimos três anos, por causa do "bloqueio governamental", motivo de mais uma manifestação na sexta-feira, 5 de julho, dia da independência nacional.