Esta crónica é um tributo, não à glória vazia, mas à resistência silenciosa. A luta de Shabaka é a de todos aqueles que se recusam a aceitar o status quo, que mantêm viva a esperança de uma África melhor, mesmo quando o mundo parece ter desistido dessa ideia. Ele é, talvez, o último grande cabralista. E, enquanto houver homens como ele, a chama da revolução cabralista jamais se apagará. Contudo, que fique claro, eu não sou cabralista, mas respeitador de Cabral e admirador de Lumumba Hamilcar Shabaka.
Caríssimos colegas, seja qual for o rumo que, em consciência, entendam dar à vossa jornada de contestação, o notável caminho que até à data percorreram, jamais intimidação alguma conseguirá apagar dos roteiros cívicos de que é feita a vossa nação! O vosso digníssimo exemplo de resistência e coragem, configura uma inspiradora aula de cidadania que, estamos certos, contribuirá para a sublevação de uma escola diferente!
O dilema racial […], segundo Florestan Fernandes, objetiva-se nos diferentes níveis das relações. Por isso seria fácil reconhecê-lo nos lapsos das ações dos indivíduos, que acreditam não ter preconceito de cor; nas inconsistências das atitudes, normas e padrões de comportamento inter-racial; nos contrastes entre a estereotiparão negativa, as normas ideais, de comportamento e os comportamentos efetivos nos ajustamentos; nos conflitos entre padrões e ideias de cultura, que fazem parte do sistema axiológico da civilização […]; nas contradições entre os tipos ideias de...
No seu discurso conhecido como “Análises de Alguns Tipos de Resistência”, Cabral já exortava de que a nossa luta não era para substituir o poder colonial e manter o povo na miséria, mas para trabalhar para providenciar mais educação, mais oportunidades e mais justiça para todos, homens, mulheres, crianças ou idosos. Somos todos humanos e todos merecemos dignidade, por isso há que “suicidar a classe”. Essa ideia de solidariedade, companheirismo e de justiça, entre outras, de certeza lhe valeram esse lugar na História.
O crescente interesse verificado na investigação parece estar ligado às suas várias repressões e repúdios antes da Independência Nacional como se constituindo enquanto uma ação de resistência, de luta para a manutenção da cultura. Com a IN – valorização de tudo que era visto como cabo-verdiano – o Batuku foi retomado e aceite no quotidiano das pessoas e hoje património nacional.
Da História, sabe-se que minar as instituições e liquidar a sua independência insere-se no ideal dos Partidos defensores de regimes “autoritários”! A contestação a um qualquer participante num Programa de TV por um conselheiro do Primeiro-Ministro, em si mesma dá conta daquilo que se acoita e se tem acoitado junto do PM de Cabo Verde, e que inclui ou incluiu, bolsonaristas e defensores da tese de que a terra é plana, sendo o próprio PM um dirigente da Internacional Democrática do Centro, onde pontifica o Partido Popular europeu e acolhe Partidos de extrema direita, isto é,...
Cabo Verde é um dos primeiros 37 países de seis regiões que vão receber financiamento do Banco Mundial, no âmbito do fundo pandémico para aumentar a capacidade de resistência a futuras pandemias, foi hoje anunciado.