O economista guineense Carlos Lopes disse hoje que a sua visão a ser partilhada durante a conferência sobre Amílcar Cabral e as mudanças de narrativas sobre o pan-africanismo incide em trazer uma leitura da contribuição de Cabral.
"Amílcar Cabral alargou o seu conceito de não alinhamento às cisões e dissensões político-ideológicas verificadas no vasto campo socialista como resultado do conflito sino-soviético, recusando-se, apesar de muito assediado, a fazer alinhar o PAIGC com qualquer das partes em acérrimo conflito político-ideológico e a assumir as respectivas perspectivas teóricas, ideológicas e doutrinárias e protagonizadas designadamente por Mao Tsé Tung e pelos seus apoiantes da extrema-esquerda revolucionária mundial, por um lado, e, do lado oposto, por Nikita Krushev e pelos partidos...
"Uma primeira expressão do fervor afro-crioulista, pan-africanista, pan-negrista, ecumênico e internacionalista de Amílcar Cabral encontra-se nalguns dos seus poemas mais icónicos e assume laivos de esfusiante entusiasmo quando, em 1949, toma conhecimento, através do seu amigo e camarada angolano Mário Pinto de Andrade, dos poemas negritunidistas de poetas francófonos reunidos e organizados por Leópold Sédar Senghor na Anthologie de la Nouvellhe Poésie Négre et Malgache, a qual contou com um marcante prefácio do filósofo existencialista francês Jean-Paul Sartre intitulado...
Declarações do candidato do PAICV à presidência da Câmara Municipal de São Salvador do Mundo nas eleições autárquicas de 1 de dezembro. Nesta entrevista ao Santiago Magazine, João Alberto Teixeira de Barros, afirma-se convicto da vitória nestas eleições, porquanto São Salvador do Mundo precisa de uma “equipa ousada, capaz de granjear parcerias estratégicas de desenvolvimento e não ficar à espera só do governo”, rematando que neste momento “não existe uma única iniciativa local que impulsione o desenvolvimento do concelho”.
Trata-se do primeiro e único trabalho publicado sobre o assunto em Cabo Verde e faz parte das comemorações do centenário do nascimento de Amílcar Cabral (1924-2024), que dá nome à mais importante Ordem honorífica do país. A obra, da autoria de Jorge Cólogon, destina-se a um público especializado em História, Relações Diplomáticas e Protocolo, e ao público interessado. Tem lançamento marcado para as 18 horas do próximo dia 9 no Palácio da Presidência da República, que patrocina o livro.
Esta crónica é um tributo, não à glória vazia, mas à resistência silenciosa. A luta de Shabaka é a de todos aqueles que se recusam a aceitar o status quo, que mantêm viva a esperança de uma África melhor, mesmo quando o mundo parece ter desistido dessa ideia. Ele é, talvez, o último grande cabralista. E, enquanto houver homens como ele, a chama da revolução cabralista jamais se apagará. Contudo, que fique claro, eu não sou cabralista, mas respeitador de Cabral e admirador de Lumumba Hamilcar Shabaka.
"A dialéctica partido/movimento de matriz cabraliana/cabralista e que propugna uma ampla e massiva base político-social de apoio aliada a critérios cada vez mais rigorosos, dos pontos de vista ético-moral e político-ideológico, para a selecção dos militantes entre os “melhores filhos do nosso povo” para a edificação de um partido/movimento meritocrático verdadeiramente de vanguarda, parece ter influenciado, ainda que de forma involuntária e inconsciente, a dinâmica da construção do MpD como um amplo e emergente movimento político-social (curiosa e consabidamente, póstumo...