Citado pela agência noticiosa senegalesa APS, Mohammed Dionne, primeiro-ministro cessante senegalês, referiu que os dados da coligação liderada pela Aliança para a República (ApD, do chefe de Estado Macky Sall) indicam que venceu em 42 dos 45 distritos eleitorais, assumindo que o Governo de Dacar acabou por ser “plebiscitado” pelos eleitores.
Os resultados das legislativas senegalesas de domingo, votação que contou com uma taxa de participação de 54%, deverão ser conhecidos ao longo da semana em curso.
Até agora, nem o Partido Democrático Senegalês (PDS), do antigo chefe de Estado Abdoulaye Wade (2000/12), nem a lista liderada pelo presidente da Câmara de Dacar, Khaliffa Sall, se pronunciaram sobre os resultados da votação.
As legislativas de domingo no Senegal, que contaram com a apresentação de um número recorde de listas, 47, mais 23 do que as que concorreram às urnas na votação de 2012, são encaradas como uma antecâmara das presidenciais previstas para o início de 2019.
Segundo sondagens locais, Macky Sall e Khaliffa Sall são os dois principais candidatos, apesar de o presidente da câmara de Dacar estar actualmente detido por alegadas fraudes financeiras na autarquia.
Mais de 6,5 milhões de eleitores foram chamados às urnas instaladas em mais de 14.000 assembleias de voto no país e mais oito no estrangeiro.
A Assembleia Nacional senegalesa conta com 165 deputados, mais 15 do que os eleitos em 2012, fruto de uma alteração constitucional que, em 2016, permitiu incluir dezena e meia de parlamentares em representação da diáspora.
Dos 165 deputados, 105 são eleitos por maioria, uma vez que o sistema favorece o partido vencedor em cada departamento, elegendo todos os parlamentares da respectiva lista.
Os restantes 60 serão repartidos através do método de proporcionalidade.
Com Inforpress e Lusa
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