Outros Mundos

O presidente angolano, João Lourenço, demitiu Isabel dos Santos da presidência do Conselho de Administração da Sonangol. Outros membros do clã Dos Santos também foram afectados pelas recentes decisões do novo chefe de Estado.

Para os analistas esta pode ser uma das primeiras medidas do combate à corrupção anunciado por João Lourenço durante a campanha. 

O afastamento de Isabel dos Santos da petrolífera nacional é considerado uma estratégia de enfraquecimento do clã Dos Santos, no comando do país há largas décadas.

Além do patriarca, José Eduardo dos Santos, que só recentemente foi substituído na presidência de Angola, após 38 anos no poder, Isabel dos Santos e o Irmão José Filomeno acumularam durante os anos cargos importantes em empresas e organismos estatais angolanos.

A Presidência do Conselho de Administração da Sonangol será agora assumido pelo executivo Carlos Saturnino que tinha sido demitido da pretrolífera por Isabel dos Santos.

Isabel dos Santos não foi o único membro da família afectado pelas novas decisões de João Lourenço. O presidente angolano também pôs fim ao contrato de gestão do segundo canal da Televisão Pública de Angola (TPA) estabelecido com a  empresa Semba Comunicação, detida pelos filhos de José Eduardo dos Santos, Welwitschia e José Paulino dos Santos.

As especulações recaem agora sobre o futuro de José Filomeno dos Santos à frente do polémico Fundo Soberano de Angola.

As mudanças na Sonangol acontecem depois de várias substituições nos Conselhos de Administrações de empresas estatais como o Banco Nacional de Angola, a Empresa Nacional de Diamantes, a rádio e televisão públicas, a Agência Angola Press (Angop), entre outras.

A bilionária, Isabel dos Santos, considerada a mulher mais rica e uma das mais influentes de África, tem negócios em vários países.

Em Cabo Verde, adquiriu em 2012 a operadora de telecomunicações Unitel Tmais.