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O estudo, da autoria da Afrosondagem e Afrobarometer, aplicado a 1200 cabo-verdianos adultos entre os meses de Julho de 2012 a  Agosto de 2022, refere que 82 por cento (%) das pessoas inqueridas tinham idade igual ou superior a 36 anos e 70% entre os 18 e os 35 anos.

Os dados sobre este inquérito centram-se nos principais indicadores de envolvimento dos cidadãos, incluindo votação, filiação partidária, discussão política, participação em reuniões comunitárias, união com outros para levantar uma questão e contacto com líderes políticos, segundo os autores do estudo

Segundo o documento, cerca de 44% das pessoas com idade a partir dos 36 anos sentiram-se mais próximas de um partido político, sendo que os jovens com idades entre 18 e os 35 anos têm uma percentagem menor sobre este indicador, com 27%. 

Quanto à participação num encontro da comunidade, os jovens tiveram uma maior participação que os adultos, com 29 % e os adultos 25%.

Cerca de 34% dos inquiridos (dos 18 a 35 anos) afirmaram que se juntaram a outros para tratar algum assunto enquanto que os inquiridos com mais 36 anos ou mais tiveram uma percentagem menor nesta categoria, 27%. 

No que tange a contactos com eleitos municipais, tanto os jovens como os adultos admitiram que fizeram contactos com os eleitos, sendo que a população adulta teve mais contactos (jovens 16% e adultos18%).

O inquérito destacou ainda que os jovens tiveram contactos muito abaixo com os deputados em relação aos adultos, com uma percentagem de 4% de diferença.

Já em relação à participação desses inquiridos nos protestos, o estudo indicou que 17% dos jovens participaram nos protestos e os adultos 13%.

A nível da acção colectiva, o documento revela que nos últimos dez anos cerca de 27% dos cabo-verdianos participaram num encontro da comunidade e 30% se juntaram a outros para tratar algum assunto.

No que respeita à categoria acção colectiva, cerca de 17% da população cabo-verdiana contactou um eleito da Assembleia Municipal e 11% um deputado.

Na categoria Protestos, o estudo revelou que 14% das pessoas deste país declararam que participaram no protesto nos últimos anos.

Por outro lado, 56% das pessoas dizem que não participaram nos protestos, mas que participariam se tivessem oportunidade. 

Na mesma linha, 28% dizem que nunca participariam nos protestos.

Este estudo, segundo os autores, baseia-se em dados da última década, incluindo a última ronda de inquéritos nacionalmente representativa em 39 países, representando as opiniões de mais de três quartos da população do continente africano.