Os Estados-membros da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP) declararam na reunião ministerial de São Tomé e Príncipe, na quarta-feira, 07, apoiar a candidatura do Campo de Concentração do Tarrafal a Património da Humanidade.
O apoio está vinculado na declaração final assinada durante a III Reunião Extraordinária dos Ministros Cultura da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que aconteceu em São Tomé e Príncipe de 05 a 07 do corrente.
“Apoiar as novas candidaturas dos sítios dos Estado-Membros a Património Mundial da Unesco, nomeadamente do Campo de Concentração do Tarrafal por representar um marco na valorização da memória de resistência dos nossos povos contra a ditadura, a opressão e o aniquilamento das liberdades...”, pode-se ler na declaração final, publicada pelo Ministério da Cultura.
O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Augusto Veiga, de acordo com a fonte, augurou este apoio de todos os Estados-membros para esta importante elevação de um “campo de memória dolorosa” mas que faz parte da história de Cabo Verde, Angola, Guiné-Bissau e Portugal.
“Este apoio é de suma importância para o trabalho que antecede aos preparativos que Cabo Verde, juntamente com Angola, Guiné-Bissau e Portugal estão a fazer para a entrega do dossier de candidatura do Campo de Concentração do Tarrafal de Santiago a Património da Humanidade, marcada para Fevereiro de 2026, à Unesco”, lê-se nesta comunicação.
A declaração final contém 25 compromissos assumidos pelos ministros da Cultura da CPLP, sendo que entre estes está ainda o ponto 18 sobre a restituição de bens culturais.
“Criar sinergias para que os Estados-membros possam definir estratégias e apelar a um diálogo aberto e inclusivo sobre a devolução e restituição de bens culturais, de acordo com os princípios das convenções internacionais nesta matéria, encorajando os Estados-membros a ratificar e implementar estes acordos e convenções”, concluiu a declaração final da reunião de São Tomé e Príncipe.
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