Sete militares da Marinha portuguesa sofreram hoje um acidente de viação na ilha de Santo Antão, durante uma visita de lazer, e foram transportados ao Centro de Saúde de Porto Novo, dois dos quais inspiram cuidados.
Fonte do comando regional de Santo Antão da Polícia Nacional disse à Lusa que os sete marinheiros tinham chegada à ilha vizinha de São Vicente no dia 28 de outubro, no âmbito de um programa de cooperação com a Guarda Costeira cabo-verdiana, a bordo do navio hidro-oceanográfico D. Carlos I, da Marinha portuguesa.
“Na sexta-feira viajaram aqui para Porto Novo e hoje dirigiam-se para um sítio turístico chamado Tarrafal de Monte Trigo. Durante o caminho, na estrada, aconteceu o acidente. O condutor da 'pickup' em que seguiam relatou que ficou sem travões, perdeu o controlo e o veículo acabou por capotar”, relatou a fonte.
Acrescentou que todos os sete marinheiros portugueses sofreram ferimentos e tiveram de ser transportados ao Centro de Saúde de Porto Novo, sendo que “dois inspiram mais cuidados”, admitindo a possibilidade de terem de ser transportados para o hospital em São Vicente.
O navio hidro-oceanográfico D. Carlos I chegou ao Mindelo, São Vicente, em 28 de outubro, para realizar uma campanha oceanográfica e de controlo de microplásticos ao largo do arquipélago de Cabo Verde.
O navio largou da Base Naval de Lisboa em 18 de outubro de 2021, integrado na Força Nacional Destacada para a missão “Iniciativa Mar Aberto 2021.2”, que decorre até 15 de janeiro de 2022.
Em Cabo Verde, a missão do navio da Marinha portuguesa, que prevê ações de cooperação de índole bilateral e multilateral, de presença e diplomacia naval, “contribuindo para a segurança marítima na área de operações correspondente ao espaço geográfico do Golfo da Guiné”, contempla escalas no porto da Praia de 05 a 07 de novembro, onde recebeu hoje a visita do ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, que esteve na capital cabo-verdiana. Deverá voltar de 15 a 19 de novembro ao porto Grande, em São Vicente.
A Força Nacional Destacada é constituída pelo Navio da República Portuguesa (NRP) D. Carlos I, com 51 militares embarcados, integrando ainda uma equipa de mergulhadores e uma equipa de segurança reforçada. Ao longo da missão está previsto o embarque de equipas multidisciplinares de cientistas do Instituto Hidrográfico em Angola e no arquipélago de Cabo Verde, “para a persecução dos trabalhos no âmbito da cooperação científica de cariz hidro-oceanográfico”.
A “Iniciativa Mar Aberto 2021.2” pretende “contribuir para o conhecimento situacional marítimo, desenvolvimento científico e da segurança cooperativa na costa ocidental africana”, na “prossecução de objetivos da política externa nacional na satisfação de compromissos internacionais assumidos por Portugal” perante a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), nomeadamente, Cabo Verde, Angola e São Tomé e Príncipe.
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