Deslealdade institucional e deriva antidemocrática

Não pondo em dúvida que o presidente terá agido de boa fé, a verdade é que, tratando-se ele de uma figura com grande experiência política (o mesmo se aplicando ao chefe da Casa Civil da Presidência da República), há setores defendendo que, nesta matéria, manifestou uma grande ingenuidade, colocando-se vulnerável à urdidura cirurgicamente montada. Mas, analisando por outro ângulo, é natural que assim tenha agido. Afinal, tratava-se do primeiro ministro e do ministro das Finanças, quem de boa fé poderia pôr em causa a integridade de dois eminentes membros do governo? Por outro...

Por que razão o primeiro-ministro que tem há 2 anos toda a informação sobre o Orçamento da PR sonegou essa informação ao país?*

...o Decreto-Lei nº 29/2001, de 19 de Novembro, que define os princípios e as normas relativos ao regime financeiro, à contabilidade e ao controlo da gestão financeira da Administração Central, estipula que as despesas se processam através das fases do cabimento, do compromisso, da liquidação e do pagamento. Quatro fases!!! Quatro!!! Portanto, é EVIDENTE que isso foi “MONTADO”, pelo Governo de Cabo Verde, com o total beneplácito e impulso do Chefe do Governo – que é quem, no fundo, lidera a Governação - com paciência e maquiavelismo, num total desrespeito pelos...

Presidente do Tribunal de Contas diz que cerca de 30 % de empresas públicas não prestam contas

As entidades menos cumpridoras são as empresas públicas e as associações públicas, revelou hoje o presidente do Tribunal de Contas, destacando que as empresas têm uma média de cerca de 30 por cento (%) de incumprimento.

Manipulação e falta de transparência

Na nossa perspetiva, a falta de transparência sobre a forma como o governo pretende fechar as contas pode prejudicar o equilíbrio fiscal de Cabo Verde e atingir a credibilidade da equipe económica junto dos diversos agentes econômicos. Tanto agentes do mercado doméstico como do exterior podem perder a confiança no equilíbrio fiscal do país, perante esta indefinição e falta de transparência nas contas públicas. Aguardamos serenamente o desfecho deste (novo) caso, com a certeza de que a classe política não pode continuar a fazer mais do que a lei permite e menos do que a ética...

A carnavalização da Administração Pública

...a Administração Pública passa ao largo de qualquer das previsões legais e, ironicamente, nesses dias de carnaval, literalmente, se resolveu carnavalizar a Administração Pública: detectou-se e reconheceu-se que a Administração operava há mais de uma década com contratos de trabalho e de prestação de serviço precários e ilegais cuja consequência imediata é a sua declaração de nulidade pela própria Administração ou pelos Tribunais e o que faz a Administração Pública? Nada, assobia para o lado na mesma onda e sintonia de “sem djobi pa lado” mas, com o aperto das...

Dívidas à Electra continuam a crescer e já passam os 13 milhões de contos

Os prejuízos da Electra caíram mais de 40% em 2022, mas as dívidas dos clientes continuam a crescer, ultrapassando os 13 milhões de contos (118 milhões de euros) no ano passado.

Uma selvajaria civilizacional. [O caso da Escola Portuguesa da Praia]

Há pouco tempo os jornais portugueses noticiaram fartamente e com assinalável alarido a agressão à chapada que a diretora da Escola Portuguesa, Susana Maximiano, tinha sofrido, tendo apresentado queixa junto das autoridades competentes. Fez ela muito bem, pois Cabo Verde é (ou deveria ser) um país de lei e justiça, e por isso repudiamos qualquer tipo de agressão ou coação física (ou psicológica, como tem estado a acontecer com os alunos cabo-verdianos da EP). No entanto, a senhora Susana Maximiano e a Escola Portuguesa vêm esbofeteando contínua e impunemente, com a conivência...