Há acontecimentos e decisões que falam por si e pelo que indiciam. Constituem verdadeiros sinais. No dia 2 de agosto, a senhora ministra Janine Lélis, em total desrespeito pelas mais elementares exigências de transparência e de "convívio" institucional, aceitou a "boleia", em avião militar americano, para ir no Estado de New Hampshire, assinar um Memorando de Entendimento entre o Governo de Cabo Verde e o Governo dos Estados Unidos da América com foco para a implementação a Aviação Militar, esquecendo que a nova embaixadora dos EUA em Cabo Verde ainda não apresentou as cartas...
Dá Deus nozes a quem não tem dentes sussurra-se nos meios militares que pedem a intervenção do Presidente da República, como comandante supremo das Forças Armadas, para verificar os curriculum dos candidatos ou nomeados aos mais elevados cargos da hierarquia militar. Não podemos continuar a desacreditar a instituição Castrense e a proporcionar situações que não engrandecem a instituição e os demais envolvidos.
A defesa nacional e as Forças Armadas encontram-se numa crise profunda que, dia a dia, parece ser mais complexa e já não se sabe bem por que razão como começou, nem como poderá acabar e quando, mas não é fomentando a divisão que se consegue prestigiar as nossas Forças Armadas.
Um dos inquéritos sobre a morte de um recruta das Forças Amadas, Davidson Barrosna, ilha de São Vicente, concluiu que não houve abusos na instrução militar, anunciou hoje fonte oficial.
É de recordar que, já na altura, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, só garantiu a atribuição das pensões, tal como foi feito no caso de Monte Tchota, não falando nunca em indemnizações. Isto apesar do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas (CEMFA), António Duarte Monteiro, ter admitido que o acidente “tem a ver efetivamente com a falha na mudança, na redução ou aumento da marcha. E não tendo conseguido fazer essa alteração da marcha, [o condutor] entendeu que devia embater o camião na rocha para tentar reduzir a marcha em que seguia”.
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas cabo-verdianas admitiu hoje que o condutor da viatura que em abril capotou no combate a um incêndio, provocando oito mortos, terá perdido o controlo do camião e “entrado em pânico”.
O Chefe do Estado Maior das Forças Armadas (CEMFA), contra-almirante António Monteiro, assegurou este domingo, no Mindelo, que os resultados do inquérito ao acidente em Serra Malagueta, no qual faleceram oito militares, devem ser publicados na próxima semana.