O PR e o PM andam dessintonizados e não é novidade. Mas o factor Zelensky levou a crispação entre o Palácio do Plateau e o Palácio da Várzea a um outro patamar: deslealdade institucional e malabarismos retóricos. Tanto José Maria Neves quanto Ulisses Correia e Silva buscam protagonismo político e aplausos do Ocidente. E Zelensky dá audiência, condimento perfeito para o caldo fermentar e logo azedar com a postura de Cabo Verde em relação ao conflito Gaza, onde acontece um um espectáculo horrendo, sob inadmissível, mas explicável, indiferença do Governo.
A Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou esta terça-feira, com apoio esmagador de 153 países, uma resolução não vinculativa que exige um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza, após o Conselho de Segurança ter falhado em aprovar a mesma exigência. Cabo Verde absteve-se, mas votou a favor das emendas aprsentadas pelos EUA e pela Áustria.
Um quarteto de arbitragem da região desportiva de São Nicolau vai apitar, no sábado, 25, no Estádio Orlando Rodrigues, em Tarrafal de São Nicolau, a Supertaça de Cabo Verde entre as equipas da Palmeira do Sal e Académica do Mindelo.
O Presidente da República, José Maria Neves, voltou hoje a comentar as acções do Governo de Ulisses Correia e Silva (MpD), afirmando que este tem “sido muito tímido na informação e articulação, agindo sozinho, como se isso fosse mais proveitoso para o país”. Esta afirmação foi hoje feita pelo Chefe de Estado numa publicação feita na sua página do Facebook intitulada “Ainda a propósito da abstenção de Cabo Verde nas Nações Unidas”. O PR já tinha dito estranhar a abstenção do país na resolução na ONU sobre corredores humanitários em Gaza.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Figueiredo Soares, defendeu hoje que a abstenção do país numa resolução das Nações Unidas sobre o conflito entre Israel e o Hamas não pode servir de “arma de arremesso” na política interna.
O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, defendeu hoje o alívio da dívida dos países menos desenvolvidos para que o mundo possa alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030, apesar do contexto mais imprevisível.
Cabo Verde e Panamá assinaram dois memorandos de entendimento, um sobre consultas políticas e outro sobre cooperação e vigilância contra a pesca ilegal, anunciou na quinta-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros, Rui Figueiredo Soares.