Dizia-se que era leitor assíduo de Cheikh Anta Diop. Mas era só o caderno de dívidas do bar. Cada copo fiado, uma linha. Cada calote, uma repetição obsessiva da única frase que aprendeu a escrever: “Liketi ki fia.” Quando tentou levar o caso à justiça, o juiz, também devedor, devolveu-lhe o caderno com o sarcasmo burocrático de quem carimba sonhos em papel higiênico: — Isto não é prova. — Mas é testemunho, respondeu ele.
É urgente repensar as prioridades de investimento público, redistribuir os ganhos de forma equitativa, fortalecer os serviços essenciais, promover a coesão territorial e criar empregos dignos, sobretudo para os jovens. De outra forma o alargamento do PIB perpetuará a ser um número bonito nos relatórios, mas vazio de significado para quem todos os dias luta para sobreviver. Em suma, enquanto os dados do INE revelam uma economia em expansão a experiência vivida por grande parte dos cabo-verdianos mostra que ainda há um longo caminho a percorrer até que esse crescimento se traduza num...
O líder da bancada do PAICV, João Baptista Pereira, disse hoje que o crescimento económico de 7,3% anunciado pelo Governo “não está a reflectir nos bolsos dos cabo-verdianos”.
Quem protege a mãe que volta do mercado com o coração na boca? O estudante que esconde o telemóvel no fundo da mochila? O comerciante que investiu no seu negócio e cria postos de trabalho? O emigrante de visita à família? Ou o turista que contribui para o PIB nacional? A polícia, essa, continua na sua grande missão de não fazer nada. Patrulham ruas onde nada acontece e justificam a sua inércia repetindo, como um disco riscado: “Não há meios.”
O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) defendeu que as políticas do Governo de Donald Trump nos Estados Unidos estão a causar mais incertezas na economia do que a crise da covid-19 provocou então.
Cabo Verde, ilhas Seychelles e Maurícias são os três países-piloto escolhidos pelo Banco Europeu de Investimento (BEI) para uma nova iniciativa que visa identificar investimentos para enfrentar as alterações climáticas nos países da áfrica subsariana.
O crescimento do fluxo turístico na Ilha do Sal tem evidenciado a ineficácia da classe política na gestão da indústria turística. Embora a prioridade continue a ser apenas o aumento do número de visitantes para arrecadar mais impostos, os problemas nas ilhas mais turísticas, como o Sal, só tendem a agravar-se. A falta de planeamento e medidas sustentáveis demonstra a incapacidade das autoridades em acompanhar este crescimento de forma equilibrada, comprometendo, assim, o futuro do destino.