Em comunicado reagindo à notícia sobre o relatório da Inspecção Geral de Finanças que detectou irregularidades e ilegalidades na aquisição de materiais escolares e incongruências nas demonstrações financeiras, a Fundação Cabo-verdiana de Ação Social Escolar desdramatizou a situação, afirmando a sua integridade no tratamento de ajudas aos alunos carenciados.
A deputada do Partido Africano de Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição), Carla Carvalho, acusou hoje o Governo de ser cúmplice ao “encobrir a gestão danosa” dos gestores da Ficase e de “normalizar a corrupção” em Cabo Verde.
O relatório de auditoria acerca do funcionamento da FICASE entre 2017 e 2020 denuncia irregularidades e ilegalidades na aquisição de dezenas de bens e serviços sem concurso público, por isso pede intervenção do Tribunal de Contas e da ARAP. O documento, de 683 páginas, e só recentemente homologado, fala ainda de “omissões e incongruências” nas demonstrações financeiras e utilização indevida de mais de 7 mil e 700 contos que não entraram na conta do Tesouro.
O presidente da Ficase disse hoje que a modernização e melhoria dos programas e aumento dos recursos através da mobilização apresentam-se como “maiores desafios” da instituição, dada a exigência da sociedade que almeja por mais qualidade.
A embaixada da Rússia na Praia afirmou hoje que já apresentou “há algum tempo as suas sugestões” sobre um mecanismo de apoio aos estudantes com bolsas cabo-verdianas naquele país, afetados pelas sanções internacionais, continuando “disponível” para o diálogo.
Dezenas de estudantes cabo-verdianos na Rússia estão em dificuldades face aos atrasos em receber bolsas de estudo devido às sanções internacionais, tendo o Governo criado uma comissão interministerial para tentar encontrar alternativas, foi hoje anunciado.
A Inspeção-Geral das Atividades Económicas (IGAE) apreendeu hoje 441 manuais escolares do ensino básico numa loja na Praia não autorizada para a comercialização e que o fazia acima do preço estipulado, informou a instituição.