Os três defenderam esta posição, na noite desta quarta-feira, 8, quando solicitados pela plateia, durante o “Presid Talk- Inovação Política em Cabo Verde” para comentar sobre o chumbo do projecto de resolução do centenário Amílcar Cabral, no Parlamento, tendo atribuído tal reprovação ao “excesso de partidarização” no País.
É preciso ir aos fundamentos da memória para que se possa perceber o atual posicionamento deste atual MPD que sem pejo, nem pudor, chumba a comemoração do centenário de Amílcar Cabral. É um grau de irracionalidade e insanidade tal que vai a ponto de querer separar o fundador de um partido político da história e memória desse mesmo partido político. Ou de ainda querer separar o fundador de um Estado da história e da memória desse próprio Estado. Mas, esta postura não iliba também quem teve a oportunidade e responsabilidade da reposição histórica e da construção da memória...
O líder do grupo parlamentar do Movimento para a Democracia (MpD) reagiu hoje às recentes afirmações do deputado do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), Démis Lobo Almeida, acerca das celebrações do centenário de Amílcar Cabral. Paulo Veiga esclareceu a posição do seu partido acerca do assunto e criticou a postura do partido opositor.
Na es dias ki sta spadjadu algun kontrovérsia aserka di figura di Amílcar Cabral, nu ta pruveta pa nu publika ixsertu di livru «E ka Lobu ki Fase», publikadu na anu di 2022, na parti undi ki ta entra personajen tabral, símili fikisional des personalidadi sitadu. Tanbe ta entra personajen kauberdianu da-m bara, si disíplu armadeu artilieru i pueta. Nu sakuta-s.
O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) expressou profunda estupefacção após o Movimento para a Democracia (MpD) ter vetado a proposta de declarar 2024 como "Ano do Centenário de Amílcar Cabral", uma medida que visava homenagear o ícone da luta pela independência do país.
Volvidos mais de cinquenta anos do seu desaparecimento físico, o cancro da traição ainda persegue Cabral. A Assembleia Nacional de Cabo Verde, politicamente dominada pelo MpD, mostrou ser a mais nova versão do Brutus, traindo a Nação Cabo-Verdiana e subtraindo-lhe de celebração oficial a que merece o mais ilustre dos cabo-verdianos. O chumbo da resolução para celebração oficial do centenário do nascimento de Amílcar Cabral é, assim, a mais recente facada para com o grande líder histórico de Cabo Verde.
Amílcar Cabral liderou um movimento que levou Cabo Verde e a Guiné à independência. Durante a luta colonial foi sempre respeitado pela diplomacia internacional, pela sua visão humanista e patriótica. O legado de Amílcar Cabral é enormíssimo, principalmente como pedagogo e defensor dos direitos das Mulheres e crianças.