O MpD considera que o PAICV, ao acusar o Governo de “asfixiar, bloquear e condicionar” a Câmara Municipal da Praia, está a “desviar intencionalmente” a atenção dos praiense face à “incapacidade de gestão política” do presidente Francisco Carvalho.
Se não houver medidas sustentáveis de combate contra a miséria em Cabo Verde, a insegurança aumentará ainda mais, principalmente na cidade da Praia que tem servido de âncora aos deslocados das outras ilhas e do interior de Santiago, das periferias do país, que procuram na capital o que não conseguem nas suas origens…
Algumas medidas administrativas que deixaram certos operadores económicos do município da Praia enraivecidos poderão estar na base da tentativa de homicídio do ex-presidente da Câmara Municipal da Praia (CMP) e actual governador do Banco de Cabo Verde, Óscar Santos, ocorrida a 29 de Julho de 2019. De entre as medidas está o cancelamento de licenças de táxi exploradas por procuração.
O Tribunal da Praia mandou para prisão preventiva quatro dos oito suspeitos do atentado de há três anos contra o ex-presidente da Câmara Municipal da Paia, Óscar Santos, e que seriam os autores materiais da operação. Outros três, que, segundo a investigação a decorrer, seriam os potenciais mandantes, ficaram sob Termo de Identidade e Residência, com proibição de saída do país.
Quatro parágrafos que elucidam uma tática bem urdida para mudar o rumo da história. Errado!, a história, esta história, é que terá de mudar a narrativa vigente e o conhecimento que se tem de um suposto crime de Estado, alegadamente perpetrado pelo Estado em nome do Estado – a Polícia Judiciária, liderada pelo seu ex-director adjunto e actual ministro, Paulo Rocha.
O ministro da administração Interna acaba de apresentar queixa no Tribunal da Praia contra o jornalista e diretor de Santiago Magazine, Herminio Silves, e contra os dois ex-oficiais da Policia Nacional, Elias Silva e Manuel Alves, que trouxeram ao conhecimento público investigações desencadeadas pelo Ministério Público sobre a morte a tiro de um alegado assassino a soldo, em 2014, em que o nome do governante Paulo Rocha aparece na cena desse suposto crime, eventualmente como mandante. Agora, Rocha decide agir judicialmente e pede 8 mil contos de indemnização.
A bancada do MpD da Assembleia Municipal da Praia afirmou que houve momentos “turbulentos” durante a IV sessão ordinária que se iniciou hoje, enquanto que a bancada do PAICV tranquiliza e classifica-a de uma “sessão pacífica”.