É um livro de memórias, um inequívoco contributo para ajudar a compreender a história da emigração cabo-verdiana em Portugal. a Autora viveu com os pais, naquele Bairro de 1970 até ao princípio dos anos 90, altura em que veio para Londres; no livro, retrata a sua experiência e a de muitos cabo-verdianos, oriundos sobretudo da ilha de Santiago, e seus descendentes, em Portugal. Uma história de amor pela terra que deixaram, de paixão pela cultura, pelas tradições e costumes que vão passando de geração em geração e que não se perdem com a emigração, ao contrário:...
...é fácil de perceber que o Decreto-lei nº 56/2019 de 31 de dezembro surgiu não para valorizar o mérito, mas para salvaguardar os tachos dos amiguinhos e compadres. Pois, senão vejamos: num concurso denominado público e externo, cujos métodos de avaliação e seleção são, normalmente, três etapas, após a Triagem curricular, ou seja, Prova de conhecimentos, Provas de avaliação de competências, motivações ou aptidões e Entrevista de seleção. Entusiasmado, o candidato prepara-se com rigor para a Prova de conhecimentos na esperança de ser o melhor dentre os candidatos. Mais...
Lendo o romance A Última Lua de Homem Grande a par do livro Amílcar Cabral (1924-1973)- Vida e Morte de um Revolucionário Africano e do livro O Fazedor de Utopias-Uma Biografia de Amílcar Cabral, nas suas partes respeitantes à infância e à adolescência de Amílcar Cabral, fica-se com a impressão que estamos face a um menino super-dotado, a um menino-prodígio, tão agarrado aos estudos que diverge completamente da imagem que normalmente se tem dos retardados escolares, isto é, daqueles que ingressam na escola perfazendo idades muito superiores às dos demais condiscípulos e colegas...
A cabo-verdiana Manuela Cardoso decidiu contar a história da comunidade dos cabo-verdianos, e não só, do bairro Pedreira dos Húngaros, em Portugal, que durante muito tempo foi descrito pela comunicação social como sendo “problemático”.
Como entender que Santiago, a maior ilha do país, onde está sedeada a capital, não ter nem melhor porto nem melhor aeroporto do país. Em que país do mundo é que as piores infraestruturas ficam na capital? Ou que as melhores estão fora da capital? A propósito do porto, há dias ouvi da boca de um alto responsável da Enapor que a ilha do Maio vai ter brevemente uma gare marítima de 3ª geração. Fiquei orgulhoso e aplaudi, mas interroguei: e Santiago que a sua gare ainda está longe da 1ª geração? Não vou falar da ausência de um Instituto para a formação em ciências...
No primeiro liceu de Cabo Verde, em São Nicolau, já não há azáfama de alunos pelos corredores, mas há memória dos deportados da Madeira, enquanto o padre Eliseu vive e cuida de um dos mais históricos edifícios do arquipélago.
Nós sentimos que próprio Primeiro Ministro já sentiu que as coisas não estão bem, quando diz que vai rever o contrato de concessão para os transportes marítimos, mas ninguém se escandaliza. Os operadores dos transportes marítimos dizem-nos que o Governo lhes deve milhares de contos, não obstantes os montantes fixados anualmente nos orçamentos do Estado, e o Governo não desmente porque diz que o montante pode ser inferior, ninguém se escandaliza. Somos claramente enganados num contrato de concessão para a gestão dos nossos aeroportos, que para além dos 40 anos de concessão,...