É impressionante, minha gente, como o poder e o dinheiro interferem no comportamento de certos políticos e dirigentes intermediários e no de certas pessoas, transformando-as em seres frios para não dizer gelados, sem sentimentos e emoção que ficam como que “dependentes” do poder, já não conseguem mais viver sem estar pendurado no poder e essas mesmas pessoas lutam a qualquer custo para manterem-se em qualquer cargo. Será serem seres humanos (?). E essas pessoas por serem infelizes apetecem fazer com que os outros também o sejam: começam a perseguir, usam de autoritarismo,...
É, pois, nesse terreno duplamente fértil mas também duplamente pantanoso que se vêm acolhendo os pescadores das águas turvas da descrioulização, sempre à cata de formas descaradas ou subtis de levar a bom porto o seu empreendimento e o seu empenhamento des-identitários, bastas vezes de teor reaccionário, obscurantista e neo-colonial(ista), mesmo quando travestido em modos supostamente modernizantes, eruditos e cosmopolitas, ainda que estranhamente reduzidos ao almejado e selecto mundo das elites islenhas amiúde imbuídas de saudosistas complexos de superioridade em relação às...
...o ALUPEC tem-se comprovado como o único alfabeto capaz de disponibilizar e sedimentar uma grafia susceptível de reflectir e transcrever de forma cabal e integral, ou, pelo menos, do modo mais abrangente possível, a autenticidade da fonética e da fonologia da língua caboverdiana na totalidade das suas variantes e variedades regionais, insulares, locais bem como daquelas que, correntes nas nossas diásporas das Américas, da Europa, da África e da Ásia/Oceânia, se encontram sob forte interferência das línguas dominantes, quer a título oficial, quer a título socio-linguístico,...
Considero-me ademais um convicto defensor do bilinguismo oficial português-caboverdiano no nosso arquipélago, neste aspecto considerando-me feliz, não só por "ter nascido caboverdiano", como cantou o grande trovador santantonense-mindelense, Manuel de Novas, mas também por cumprir e honrar o mais possível a exortação de Amílcar Cabral nos termos da qual devemos dignificar e promover o nosso crioulo, sem deixar de também defender e valorizar “o português enquanto melhor herança deixada pelo colonialismo”, e, nessa óptica, por agir e actuar em plena conformidade com o que, para...
A linguista Ana Karina Moreira congratulou-se hoje, na Cidade da Praia, com a “abertura e sensibilidade” do novo Presidente da República, José Maria Neves, “no combate” para a oficialização do crioulo.
A linguista e professora universitária, Karina Moreira, disse esta quinta-feira, 10, que quando se fala da padronização da ‘língua crioula’ há muitas questões levantadas que se pode dizer que são falsas, como por exemplo, a questão das variantes.
Há mais de seis anos, ela dedica-se à investigação da língua materna, trabalhando com recolha de dados orais em imersão linguística. Nas visitas às localidades ela conversa, escuta e grava os falantes, num registo real e atual da língua crioula. Karina Moreira, natural da ilha de Santiago, é jornalista, linguista e uma das grandes defensoras da definição de politicas linguísticas nacionais e do ensino da língua materna nas escolas do país. Trabalhando hoje como professora universitária da Língua Cabo-verdiana, Karina defende, o quanto antes, a Oficialização do Crioulo, esta...