Cabo Verde, para a grande maioria da sua população, assemelha-se a uma entidade hibrida: sabemos bem o que é, que o país não é, mas, desconhecendo ou não sentindo os efeitos relativo, ao atributo, que lhe foi designado. Explico melhor: temos todos a consciência, que vivemos num país pobre, sem que ainda, a maioria da população, sinta ou viva no quotidiano, os efeitos, ganhos, resultantes da classificação destas ilhas, para o grupo de “países de rendimento médio”. Talvez esteja-se a viver dois casos: ou estamos ainda na fase de transição para atingir o desiderato, ou o...
Nos finais de Maio de 2015 fui agradavelmente surpreendido por um telefonema da jornalista Margarida Fontes a convidar-me para participar de um debate no seu programa de então, o “Conversa em Dia”.
A desigualdade de género na política em Cabo Verde, embora não seja tão acentuada como em outras latitudes, é uma realidade indisfarçável que não enobrece a nossa democracia, nem o percurso histórico que as mulheres crioulas realizaram em outros sectores desde que se começou a edificar a Nação cabo-verdiana por via de um processo identitário no qual a construção de uma sociedade moderna, livre, justa e solidária se tem despontado como um desígnio nacional e permanente.
Numa recente entrevista no jornal A Nação, versão online de 17 de Junho, o ministro da Cultura e Indústrias Criativas da República de Cabo Verde, Abraão Vicente, manteve a necessidade de conhecer, de uma forma profunda, a história de Cabo Verde. Isto no contexto do debate sobre as estátuas erguidas durante o período colonial em Cabo Verde. Não poderia deixar de concordar com o ministro. Existe, claro está, um déficit significativo sobre o conhecimento da história das ilhas.
Circula nas redes sociais uma Petição Pública do cabo-verdiano Gilson Lopes Varela, solicitando a remoção de monumentos pró-escravagistas, ou seja, os símbolos que contribuíram para o tráfico de escravos no continente africano. Um desses monumentos visados é a estátua de Diogo Gomes que se encontra erguido no miradouro do Plateau, Cidade da Praia, justificando que esse navegador português, apesar de ter descoberto algumas ilhas de Cabo Verde, também participou no tráfico e comércio de seres humanos africanos.
Ulisses Correia e Silva admite que o governo errou, porém não especifica o agravo, não pede desculpas e não se mostra disposto a assacar responsabilidades. A autoridade do Estado saiu beliscada e a tentativa de empurrar a culpa para os funcionários do hotel é ultrajante para um governo que se afirma responsável e democrático.
Há pelo menos três testemunhas a quem Felisberto Vieira Lopes, falecido esta sexta-feira, 3, no Hospital Agostinho Neto, terá contado, após o seu internamento, que “desconhecidos pulverizaram por duas vezes gás tóxico por debaixo da sua porta” e que se não morresse ficaria com sequelas devido a complicações pulmonares. Aliás, a Polícia Judiciária, segundo Santiago Magazine apurou, já está a investigar um suposto homicídio, por ordem do Ministério Público, que deve mandar efectuar uma autópsia para o cabal esclarecimento das circunstâncias que levaram à morte desse...