A TACV admite dificuldades no pagamento dos salários de julho e que o actual nível de actividade da companhia aérea não paga todas as contas. A empresa diz ter sido "duramente fustigada pela pandemia".
A Assembleia Nacional aprovou a prorrogação por 90 dias dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o processo de privatização da Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV), conforme resolução que entrou hoje em vigor.
O FMI reconhece que a pandemia de covid-19 tornou as reformas já “críticas” do Setor Empresarial do Estado (SEE) “mais desafiadoras”, estimando que só a Cabo Verde Airlines necessite de 30 milhões de euros até ser reprivatizada.
O PAICV pediu esta quarta-feira, 20, esclarecimentos ao Governo sobre o acordo com a Icelandair para libertar o Boeing do grupo arrestado no Sal e a perda temporária do certificado da Cabo Verde Airlines para voar para a Europa.
O Governo cobrou os 48 mil contos (461 mil dólares) referentes aos 51% das acções adquiridas pela sua ex-parceira estratégica Icelandair no âmbito da privatização da TACV, pelo que irá pagar ao grupo islandês 1,46 milhões de dólares em vez dos 2,07 milhões antes exigidos pelos europeus junto do Tribunal Internacional de Arbitragem, após o Governo ter rompido unilateralmente o contrato de parceria estratégica. O acordo entre as partes foi conseguido esta semana.
O Governo admitiu esta quarta-feira que a TACV-Cabo Verde Airlines perdeu o certificado de operador aéreo, mas garante que este “problema vai ficar resolvido num curto espaço de tempo”.
O PAICV disse hoje no Parlamento que “é lamentável a forma simplista e irresponsável”, como vem sendo encarada a proibição da TACV voar para Europa.