Vou regularmente a Cabo Verde, tendo uma dessas idas coincidido com as celebrações do 40º aniversário da independência nacional. Na noite de 5 de julho passei por uma discoteca para um pé de dança. À meia-noite, patrioticamente, o DJ colocou a tocar o hino nacional e pediu à assistência que acompanhasse. Embora houvesse ali pessoas de diferentes faixas etárias, dos 20 aos 50, quase ninguém acompanhou o hino nacional. Supus que por desconhecimento.
Ó grito do tempo! Na vida há sempre olhares que são refletidos. Às vezes, só olhamos a dureza de frente quando ela nos chama pelo nome ou quando nos bate à porta. Certos de que à frente de um ecrã a proximidade entre quem olha e quem é olhada irá condicionar, positivamente, o tom de um filme como o dia que esmorece perdido na inquietude de quem observa o anoitecer ou a noite. Oh! Quem me quer abraçar se eu gritar! Hermann Hesse profetizava que “A totalidade só se obtém através do entendimento, da aceitação da natureza humana. O que há de instintivo, o que há de virtual,...
Senhores passageiros, acabamos de aterrar no Aeroporto Internacional Cesária Évora, em Mindelo…