Em Cabo Verde, o crescimento dos diversos setores de atividade económica terá que ser, seriamente, reavaliado em todas as suas perspetivas. O seu silenciamento ou a sua quase paralisação, devido a pandemia que nos assola, vai exigir de nós e do mundo uma nova visão. O segundo semestre será o recomeço gradual e progressivo, sobretudo, das atividades da Administração Central e Local, do comércio e serviços, construção, indústrias alimentares e, sem dúvida, por indissociabilidade, do aumento das atividades bancárias. O comércio, basicamente, de mercadorias e produtos...
Se as palavras ainda possuem algum sentido, então, dedico o significado de cada frase neste artigo, à Amazona dos nossos dias, senhora Noberta Semedo, e a toda classe trabalhadora que foi privada de Justiça no bairro Alto da Glória, desalojados no dia dos trabalhadores, pela Câmara Municipal da Praia, em plena pandemia.
Ulisses Correia e Silva admite que o governo errou, porém não especifica o agravo, não pede desculpas e não se mostra disposto a assacar responsabilidades. A autoridade do Estado saiu beliscada e a tentativa de empurrar a culpa para os funcionários do hotel é ultrajante para um governo que se afirma responsável e democrático.
Citação: “É agora o momento de mostrar solidariedade, de agir responsavelmente e de nos juntarmos no objetivo comum: melhorar a segurança alimentar, a segurança sanitária dos alimentos e a nutrição, e melhorar o bem-estar geral da população em África.”
Atualmente, o espectro da morte tem marcado uma presença constante no gênero humano sob a figura de uma pandemia. Esta epidemia global, ao qual padecem nações, reivindica o nome de COVID-19, uma doença causada pela infeção do coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2. Esta doença fez cair todas as máscaras da lógica do individualismo, pregada pelo neoliberalismo. O mesmo vírus que obscureceu o mundo ceifando vidas, trouxe à superfície e escancarou um conjunto de dicotomias sociais, ironias históricas e vulnerabilidades capitais que envolvem a humanidade no seu...
1. Desde a primeira hora, ganhou evidência um cuidado fundamental que se deveria ter com a declaração do Estado de Emergência: a garantia de comida – sim, comida – para uma camada de caboverdeanos que teriam de ficar em casa e, assim, deixariam de puder sair à rua todos os dias à procura da janta de cada dia. Enganam-se aqueles que pensam somente nas “rabidantes”, pior ainda é considerar como foco de intervenção apenas as “rabidantes” de papel passado. Há as senhoras que vão lavar roupa e passar a ferro, os donos de tabuleiros na berma da estrada, as vendedeiras de...
1. Todos somos potenciais vítimas do coronavírus. Todos temos familiares que podem ser vítimas do coronavírus. Portanto, é pura ignorância e má fê, achar que criticar as opções do governo nesta luta, é desejar má sorte aos cabo-verdianos. Isto sim, é a politiquice do mais reles que se pode fazer.