«Como se sabe, o barlaventismo sociológico, cultural e literário acima referido, representado e tornado visível especialmente nos dois ensaios de João Lopes e nos textos ensaísticos de Baltasar Lopes da Silva “Uma Aventura Românica nos Trópicos”, “Notas sobre a Linguagem das Ilhas”, todos publicados na revista Claridade, e no opúsculo Cabo Verde Visto por Gilberto Freyre, do mesmo Baltasar Lopes da Silva, bem como nas obras literárias de alguns neo-claridosos, com destaque para Pedro de Sousa Lobo e Nuno de Miranda, vindos a público na mesma revista Claridade e em outras...
Em Santiago Norte, com excepção do edil de Santa Cruz, Carlos Silva (PAICV), assim como José dos Reis, Tarrafal, do PAICV, os autarcas Jassira Monteiro, Santa Catarina, Ângelo Vaz, São Salvador do Mundo, Carlos Vasconcelos, São Lourenço dos Órgãos, e Herménio Fernandes, São Miguel, todos do MpD, já mostraram disponibilidade para continuarem à frente dos destinos dos respectivos municípios.
Dois cabo-verdianos, Joaquim Arena e Mário Lúcio Sousa, estão entre os 20 semi-finalistas lusófonos do Prémio Oceanos 2023 – Literatura em Língua Portuguesa, que premeia o vencedor com 150.000 reais, qualquer coisa como 3.200 contos. Arena concorre com o romance “Siríaco e Mister Charles” e Sousa é candidato pela obra “A Última lua do Homem Grande”.
O combate “radicalizado” e não-violento mobiliza afetos. O confronto a que assistimos no Peso da Régua foi disso exemplo: um palco rodeado de vales, separados por um espelho de água, preenchido por personagens horrivelmente belas e radicalizadas. Esse pequeno e simbólico grupo de cidadãos teve, tão-somente, a ousadia de mobilizar os afetos para radicalizar a democracia.
O artista plástico Tuto Sousa reconheceu que actualmente, pelo trabalho de divulgação que se tem feito, a sociedade cabo-verdiana já começa a reconhecer esses profissionais, mas acredita que ainda falta dar o “devido valor” aos mesmos.
Na verdade, a neutralização política dos partidos políticos adversários e /ou opositores do PAIGC significou a instauração de facto de um regime de autoritarismo revolucionário de partido único socializante, ainda antes de encetado o período de transição para a independência política de Cabo Verde. Muitos dos novos encarcerados no Tarrafal, é certo que em “regime livre de recreio”, seriam libertados pouco depois em razão da inexistência de provas consistentes para sustentar as suspeitas e as acusações contra os mesmos. Outros seriam libertados ainda antes da...
A comunidade bissau-guineense radicada em Cabo Verde parece ser a mais numerosa das comunidades estrangeiras residentes nas ilhas sahelianas e, especialmente das comunidades africanas presentes desde os meados dos anos oitenta do século XX na paisagem e no dia a dia das ilhas de Cabo Verde e das suas gentes. A sua presença fez com que o caboverdiano das ilhas se visse obrigado a confrontar-se, com um outro que nele despertava sentimentos contraditórios: por um lado, de empatia pelos comuns sofrimentos e vulnerabilidades; por outro lado, de estranheza e, até, de repulsa, de xenofobia e...