Pelo “andar da carruagem”, em 2020 Cabo Verde atingirá o pleno emprego, estatisticamente, sem que as pessoas saibam onde estão esses empregos!
PAICV, o maior partido da oposição cabo-verdiana, questionou esta terça-feira, 31 de dezembro, se os estagiários estão contemplados nas estatísticas do emprego, enquanto o partido no poder mostrou o "caminho certo" com a redução da taxa de desemprego para 10,7% no primeiro semestre.
“Achei de uma inabilidade politica impressionante quando ouvi alguém a rotular as obras do Programa de Requalificação, Reabilitação e Acessibilidades (PRRA) de ‘obrinhas’. Em abono da verdade, trata-se de um programa interessante e que pode dar um contributo importante para mudar a face de muitas comunidades e das nossas cidades. Mas...”
Debrucemos sobre o DESEMPREGO JOVEM, mais propriamente sobre a INATIVIDADE JOVEM:
“Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas (INE), em 2018 a taxa de desemprego do grupo etário com idade compreendida entre os 15-24 anos é de 27,8% (cerca de 8.973 indivíduos) e entre os 25-34 anos é de 15,0% (cerca de 11.730 indivíduos). O INE não apresenta a taxa de desemprego que engloba o grupo etário 15-34 anos. Entretanto, realizar o exercício de somar 27,8% e 15,0% e concluir que essa taxa é de 42,8% é ligeiro, é misturar alhos com bugalhos, é cometer erro crasso. Depois de alguns cálculos e de um exercício de cruzamento de dados, concluímos que a taxa...
Os métodos do INE.CV baseiam-se sem quaisquer dúvidas nas normas ou nos conceitos da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Mas, isto por si só, não quer dizer que retrata a nossa realidade. Importar e depender de metodologias desenvolvidas em países desenvolvidos não significam que não devem ser criticados, quiçá adaptados à nossa realidade. As directrizes da OIT têm como linha de criação, os países desenvolvidos; com mercados de trabalhos homogêneos. O mercado de Cabo-verde é heterogêneo, pouco estruturado, com uma proteção social em face do desemprego baixa e...
1. Paradoxalmente, são os próprios políticos e os seus partidos políticos os responsáveis máximos pelo avanço do populismo no mundo! Desde logo porque muitos não resistem em entrar no jogo da promessa fácil – ou compromissos – mesmo estando absolutamente conscientes da impossibilidade de os concretizarem, apresentando-os de forma irresponsável durante o período em que se encontram na oposição ou – com maior dose premeditada de iludir – no calor das campanhas eleitorais. É aqui que se enquadram as promessas de “pleno emprego [sim, pleno emprego!] e trabalho decente...