É com azedume - e desta feita fazendo uso da independência da coluna Ponto de Vista do jornal online Santiago Magazine - que me dirijo, por escrito, ao jornal A Nação, por incumprimento do acordo sobre a publicação de dois artigos meus, mostrando falta de profissionalismo, para não dizer "cobardia" ou "canalhice", na origem deste volte face. Porque, por ter publicado apenas um dos meus artigos, e não o acordado, demonstra cobardia remendada com canalhice, quiçá, ainda maior.
Com esta Câmara Municipal e com esta liderança de Óscar Santos, a Praia será sempre uma cidade para uns poucos felizardos, escolhidos a dedo
O governo reage em comunicado ao Editorial de Santiago Magazine, escrevendo que “o conceito de narco-Estado é tudo menos o que Cabo Verde representa, pois, em nenhum momento da sua história Cabo Verde, enquanto Estado, compactuou, foi complacente ou se aproveitou do tráfico de drogas e dos seus vários crimes conexos”.
Por razões pessoais e de meu foro íntimo, sem qualquer imposição legal ou ética, decidi suspender esta série de artigos, este convívio em diálogo com multidões (de pessoas na maior parte desconhecidas, no quadro do anonimato) até depois das eleições que se avizinham, seja qual for o resultado das mesmas.
A revista demorou 15 minutos, tempo suficiente para a Polícia Judiciária portuguesa passar a pente fino as maletas que Gil Évora e Carlos Anjos traziam de São Vicente e Granadines, para onde tinham viajado, semana passada, segundo afirmam, ao serviço da empresa de consultoria Anjos Invest para um encontro com o sindicato de advogados que defende Alex Saab, procurado pelos Estados Unidos por lavagem de dinheiro. Segundo fonte bem informada, todo o trajecto já estava a ser monitorado pelos serviços secretos dos EUA desde a cidade da Praia.
Os advogados de Àlex Saab, detido em Cabo Verde e à espera de extradição para os EUA que o procura por "lavagem de capital", acusam o o Estado cabo-verdiano de parcialidade no tratamento deste caso de repercussão internacional, ao ponto de criar "dificuldades insuperáveis ao exercício do direito de defesa" de Saab. Também hoje, 25, o antigo juiz espanhol e líder do sindicato de advogados que defende o empresário colombiano, escreveu uma carta ao primeiro-ministro na qual acusa Cabo Verde de ter-se intrometido "nos assuntos internos da Venezuela" e de ter promovido uma detenção...
A gestão fundiária em Cabo Verde tem dado muito que falar. Há muita coisa encoberta, violação de leis e de direitos, negócios obscuros, tráfico de influência, cumplicidades institucionais públicas.