No ato de apresentação das candidaturas do MpD à Câmara e Assembleia Municipal da Praia, que aconteceu a 22 de outubro, estavam em falta nomes de candidatos suplentes àqueles dois órgãos do poder local.
Apenas uns dias depois, o MpD conseguiu completar as listas, um facto inusitado que causou grande estranheza no próprio tribunal.
Efetivamente, tratando-se de um partido que esteve 12 anos à frente do município e se encontra no governo, a estranheza ainda se manifesta maior. No entanto, parece haver uma justificação plausível.
Uma fonte do próprio MpD, que pediu o anonimato, confidenciou ao nosso jornal ter havido “uma grande resistência dos militantes em integrar as listas” de Abraão Vicente e de Manuela Brito, porquanto Abraão, mesmo dentro do partido, tem elevada rejeição.
Porém, à última da hora, por pressão de dirigentes ventoinha, lá se conseguiu arregimentar militantes para integrar as listas de suplentes.
Samilo fora da corrida
Quem não conseguiu ver as suas listas aprovadas pelo tribunal foi Samilo Moreira, que não apresentou certidões dos proponentes da candidatura independente “Sociedade em Movimento (SM)”, inviabilizando a possibilidade de se defrontar com Francisco Carvalho como era sua intenção.
Samilo, que integrou a lista do PAICV em 2020, sendo eleito vereador, viu-lhe retirada a confiança política (por alegada conduta imprópria), pelo presidente da Câmara Municipal da Praia, tendo a partir daí feito coro com a oposição do MpD a Francisco Carvalho.
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