Colunista

A gratidão é um componente essencial da personalidade individual, e como tal representa um alto padrão da nossa relação com a vida em todas as dimensões. Sem a gratidão a vida se torna amarga e enfadonha.

Não significa que seremos escravos permanentes de um benefício de alguém, e nem nos sucumbir ou sujeitar a atitudes manipuladoras, isso não seria gratidão e sim escravidão.

Ninguém deverá sujeitar-se a ser refém de alguém ou de um sistema, seja de que ordem for em detrimento de uma mão estendida ou de uma atitude benéfica correspondida.

A gratidão é a capacidade interna de ver a vida nos mínimos detalhes possíveis sem se autotorturar, mais sim vislumbrar com o sentido da existência e manter o brilho no viver. É a capacidade de não se frustrar por objetivos não alcançados. É ultrapassar etapas sombrias sem se culpar eternamente. É avançar sem recuar porque o amanhã será um novo dia e uma nova esperança.

A ingratidão é o oposto da gratidão. Ninguém terá uma atitude permanente de gratidão perante a vida se a sua perceção das realidades e vivências representa a insatisfação permanente e reclamações constantes.

A resposta que damos aos acontecimentos da vida, indica o grau de gratidão que nutrimos ou não. A ausência dela pode gerar amargura e desencadear um vazio na alma, proliferando para outras áreas da personalidade, afetando o nosso olhar existencial.

 A gratidão é um estado de espírito e não uma condição esporádica. Ela reflete o quanto somos sábios e inteligentes diante das vicissitudes, ultrapassando o campo da insatisfação permanente, das comparações negativas, da competição trivial. Ela representa o corpo e a espinha dorsal para uma vida saudável e radiante.