O secretário-geral (SG) do MpD, Agostinho Lopes, disse hoje que a remodelação do Governo surge no “momento adequado” e espera que dê uma “nova dinâmica” à governação.
Ulisses não tocou na base central das suas âncoras de suporte desde que, em 2016, chegou ao poder. Mantém os vices do MpD no governo, muito mal avaliados pelos eleitores, e chutou aliados circunstanciais que o suportaram durante estes anos, não se inibindo, porém, de reduzir os poderes do seu número dois, esventrado de competências, mas mantendo o pomposo e injustificado cargo de vice-primeiro-ministro.
O vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, disse hoje que o Governo continuará a investir na Autoridade da Concorrência (AdC) para consolidar a sua estrutura e assegurar o seu funcionamento pleno.
O primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva acaba de anunciar mexidas no seu elenco governamental, com destaque para as entradas de Eurico Monteiro, Victor Coutinho, Jorge Figueiredo e Jose Luis Sá Nogueira. Caem as ministras Eunice Silva, Edna Oliveira e Filomena Gonçalves e as secretárias de Estado, Eurídice Monteiro e Adalgisa Vaz, além de Carlos Santos, que pediu demissão na semana passada.
O fórum económico de alto nível reúne hoje, em Lisboa, investidores e representantes do sector privado de Portugal e Cabo Verde, com o propósito de aprofundar as relações económicas bilaterais entre os dois países.
A remodelação governamental é mais do que uma necessidade administrativa; é uma oportunidade de redimir-se perante o povo cabo-verdiano. A redução para dez ministérios, a eliminação das secretarias de Estado e a priorização de políticas de impacto imediato representam um primeiro passo em direção a um governo mais ágil, eficiente e conectado às aspirações da nação. O MpD tem diante de si um dilema histórico: persistir na inércia que o condenará ao fracasso eleitoral ou abraçar a mudança como única saída possível para manter sua relevância política. O tempo é...
...não aprendendo nada com os sinais de 01 de dezembro e com as conclusões do último estudo da Afrosondagem, a liderança do MpD age como se nada tivesse acontecido e, no próximo dia 11 de janeiro, a Direção Nacional do partido prepara-se para, mais uma vez, legitimar a liderança derrotada pelo voto popular. Tal é percetível na mensagem de ano novo aos militantes que Ulisses efetuou nas redes sociais.