O ser humano é sociável por natureza, não veio ao mundo para viver na solidão ou no isolamento. Dessa forma, aprende logo cedo, a importância do acolhimento familiar e amigos. Mas também, nestes ambientes domésticos vive as suas primeiras experiências dolorosas da rejeição. Vamos para algumas reflexões bem diretas:
Mas a questão que persiste é: foi a tempestade que destruiu o pontão, ou foi o abandono? Talvez a tempestade tenha sido o golpe final, mas o abandono foi o que o tornou vulnerável. Sem os cuidados necessários, sem a manutenção prometida, o pontão estava condenado muito antes das nuvens se formarem no horizonte. Assim, no confronto entre o abandono e a tempestade, ambos tiveram o seu papel, mas o abandono foi, sem dúvida, o agente silencioso que preparou o caminho para a destruição inevitável.
Os cidadãos cabo-verdianos não estão pedindo nada além do que é seu por direito: transparência, justiça e responsabilidade. O caso do Mercado do Coco é um teste decisivo para o governo, para as instituições e para o futuro da nação. Se falharmos agora, estaremos condenando futuras gerações a viver sob a sombra da corrupção e da impunidade. Não se trata apenas de um mercado, de um investimento ou de um projeto municipal fracassado. Trata-se do futuro de Cabo Verde. E esse futuro não pode ser construído sobre as ruínas de um escândalo enterrado. O Mercado do Coco é o...
Comunicado da Presidência da República, emitido esta quarta-feira, 9, diz estranhar “que um tal Relatório tenha sido notícia nas Redes Sociais escassas horas após a sua aprovação e muito antes mesmo de ter sido dado a conhecer à Presidência da República”, o que viria a acontecer quatro dias após a informação ter sido espalhada “nas redes sociais”. E lembra que muitas das suspeitas – sem condenação, refira-se – vêm de anteriores administrações, sobretudo no recrutamento ilegal, aos olhos do TdC, de muitos funcionários. “Naturalmente que (a PR) não pode ficar...
Esta crónica é um tributo, não à glória vazia, mas à resistência silenciosa. A luta de Shabaka é a de todos aqueles que se recusam a aceitar o status quo, que mantêm viva a esperança de uma África melhor, mesmo quando o mundo parece ter desistido dessa ideia. Ele é, talvez, o último grande cabralista. E, enquanto houver homens como ele, a chama da revolução cabralista jamais se apagará. Contudo, que fique claro, eu não sou cabralista, mas respeitador de Cabral e admirador de Lumumba Hamilcar Shabaka.
...o comportamento do Primeiro-Ministro de Cabo Verde não é apenas uma questão de má gestão; é a personificação do que Maquiavel descreve como um líder que se preocupa mais com a manutenção de seu poder pessoal do que com o bem-estar de seu povo. E quando essa linha tênue é cruzada, quando o líder transforma o Estado em sua propriedade pessoal, ele semeia as sementes de sua própria destruição, como Maquiavel, Foucault, Weber e Arendt já alertaram, cada um a seu modo. O governo não é um feudo, e a história tem sido implacável com aqueles que ignoram essa verdade...
A visão do jovem perdido, outrora um símbolo de esperança, / Transfigura-se, enfim, em um réquiem para a humanidade, / Que, em seu orgulho e desvario, busca vencer o imponderável, /Mas é arrastada, inapelavelmente, / para o abismo da própria falência.