A reviravolta política desencadeada pelas eleições autárquicas em Cabo Verde é um dos eventos que marca o ano de 2024 no arquipélago e cujos efeitos deverão perdurar.
A conta do custo político das contradições mpdistas parece que está a chegar através dos resultados eleitorais populares expressos nas urnas, tal que se nas autárquicas que são distintas das legislativas o povo disse o que disse: 15-7, imaginem o que esse mesmo eleitor dirá nas Legislativas?!!! Se o povo penalizou tão duramente os candidatos identificados com o MpD de Santo Antão à Brava como sinal de desaprovação desses governos locais e achar que nessa decisão dos eleitores não levaram em conta o mau desempenho do Governo de Ulisses é minorizar a inteligência do eleitor ou...
O povo soberano e sabiamente já antecipou no domingo, 01/12/24, aquilo que irá fazer em 2026, isto é, retirar os ventoinhas do poder CUSTE O QUE CUSTAR e em alta velocidade segundo o lema “ACELARA PRAIA”! O MpD apenas iniciou o ciclo de derrotas ontem que se estenderá para as Legislativas e Presidenciais, proximamente, e “sem djobi pa lado”!
O ex-líder da bancada parlamentar do MpD, Paulo Veiga, quer que o partido se reúna depois da viragem “contundente” nas autárquicas de domingo, que considera ser “uma derrota do Governo”.
A derrota do MpD nas eleições autárquicas é um chamado urgente para reflexão e ação. Persistir nos mesmos erros e ignorar os sinais evidentes de insatisfação popular será o prelúdio de uma ruína ainda maior. O povo de Cabo Verde demonstrou que não tolera mais a arrogância, a corrupção e a ineficiência. Cabe agora ao MpD decidir se deseja trilhar o caminho da renovação ou se resignar ao ostracismo político.
Os principais partidos políticos de Cabo Verde estão a intensificar o apelo ao voto, contra a abstenção no último dia de campanha eleitoral para as eleições autárquicas de domingo.
A derrota eleitoral municipal de Ulisses Correia e Silva, em 01/12/24, será tão festejada pelos seus adversários externos quanto pelos seus adversários e desafetos internos do partido que torcem pela sua desgraça para assumirem o poder e redemocratizarem o partido.